sábado, julho 08, 2017

"Manual de formação para a técnica do fogo controlado"

O "Manual de formação para a técnica do fogo controlado", da autoria de Paulo Fernandes, Hermínio Botelho e Carlos Loureiro, publicado pelo Departamento Florestal da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro em Maio de 2002, é uma publicação de 144 páginas onde este tema e toda a problemática que o envolve é descrita em detalhe.

O "Portal dos Bombeiros Portugueses", disponibiliza esta publicação numa altura em que o tema dos incêndios florestais assume novos contornos, após a tragédia de Pedrogão Grande e na sequência das manifestas dificuldades num combate que decorreu ao longo de uma semana, com as consequências que todos conhecemos.

O recurso ao fogo controlado, bem como a um conjunto de outras técnicas que envolvem ferramentas manuais, muito em uso durante décadas por parte dos antigos Serviços Florestais, caiu em desuso, com a preferência a cair numa táctica completamente diferente, com o uso da água a demonstrar-se ineficaz em numerosas situações, não permitindo dominar fogos de grande dimensão com a brevidade que a segurança das populações exige.

Mesmo para aqueles, e serão a esmagadora maioria, que nunca irão recorrer a esta técnica, o seu conhecimento permite uma melhor compreensão desta, não apenas como alternativa aos métodos mais utilizados, mas também entender melhor a dinâmica dos fogos e as formas de travar o seu progresso.

sexta-feira, julho 07, 2017

A presença de Gatochy

No dia 07 de Julho de cada ano recordamos Gatochy e a influência que esta gatita teve, não apenas durante a sua vida, mas para além dela, tendo influenciado em muito todos aqueles que com ela conviveram nas mais diversas vertentes, incluindo a da escrita, com o seu Diário a constituir-se com uma excelente prática que permitiu escrever, entre outros, este "blog".

Gatochy foi inspiradora, uma companhia viva e astuta, com fortes convicções que podiam resultar nalgumas ideias fixas, demonstrando sempre uma forte personalidade aliada a uma extraordinária capacidade de luta, que alternava com a ternura e doçura que dedicava à sua família inteiramente bípede.

Exigindo e obtendo sempre absoluta exclusividade em casa, e tentando por todos os meios que o mesmo abrangesse o bairro e, talvez um Mundo livre de gatos, Gatochy nunca permitiu a adopção de algo que consideraria menos que um rival, um autêntico inimigo, pelo que nem mesmo a Princesinha pode ser adoptada nos seus primeiros anos.

A presença de Gatochy, em "blogs", nos seus Diários ou no nome que foi adoptado para outros gatos continua permanente, tal como na recordação daqueles que com ela conviveram, e a sua recordação, no dia em que partiu para o Paraíso dos gatos que odeiam outros gatos, faz hoje 9 anos, pelas 01:15, hora a que publicamos este texto, é sentida de forma muito mais intensa.

quinta-feira, julho 06, 2017

Os rádio CB como alternativa nas emergências - 1ª parte

Face ao recente colapso de sistemas de comunicações durante os fogos florestais na zona de Pedrogão Grande, que abrangeram não apenas os operadores comerciais, mas também a rede de emergência do Estado, a disponibilidade de um sistema alternativo volta a ser equacionado, sendo os rádios CB, que actualmente dispensam licenciamento, a constituirem uma das alternativas possíveis.

Tal como em qualquer sistema de comunicações, a real valia depende não apenas das funcionalidades oferecidas pela rede e equipamentos terminais, mas também da sua disseminação, sem o que, na ausência de um interlocutor disponível na área de cobertura, a sua utilidade prática será, virtualmente nula, o que implica alguma padronização em torno de uma norma tão comum quanto possível.

A popularidade dos CB em diversos meios, incluindo os praticantes do todo o terreno, que os possuem instalados em veículos e funcionam como estações móveis, flexibilizando uma rede que se pretende dinâmica e abrangente, permite apontar no sentido da adopção destes rádios, que se podem adquirir a preços bastante vantajosos e cumprindo as normas europeias, como uma das alternativas a ter em conta, sobretudo quando integrados numa malha que facilite a passagem de informação entre os operadores.

Embora variando enormemente, dependendo do modelo de rádio, da antena, do seu posicionamento e das próprias condições climatéricas, o alcance de um destes equipamentos atinge vários quilómetros, que poderá ser o suficiente para estabelecer ligação de uma povoação, onde não exista, por avaria ou dano, ligação a uma rede de comunicações a outra, onde este tipo de comunicação esteja funcional.

quarta-feira, julho 05, 2017

Um crime chamado SIRESP - 4ª parte

Será, portanto, de equacionar se o sucessor do SIRESP deverá ter características de rede física, com uma estrutura própria, tal como tem a existente, incluindo todos os equipamentos e conectividade inerentes, ou ser, essencialmente, uma rede lógica ou virtual, a operar sobre circuitos existentes, tal como os proporcionados pelos operadores ou um misto das duas.

Consideramos que esta última opção será efectivamente a que melhor serve os objectivos propostos, com o sistema a funcionar sobre duas plataformas físicas que se esperam redundantes, distribuindo a carga de forma a ter o melhor desempenho possível e comutando automaticamente em caso de falha de um dos circuitos, mantendo as funcionalidades necessários, mesmo que se verifique alguma degradação do desempenho.

Naturalmente, os equipamentos das várias redes utilizadas, bem como toda a estrutura de rede, pela necessidade de redundância, necessitam de ser posicionados adequadamente e protegidos, na medida do possível, pelo que novas unidades, que complementem as existentes, devem ser cuidadosamente localizadas onde estejam menos vulneráveis, sem que a tal corresponda uma perda no desempenho.

Um conjunto de meios móveis, complementares, seriam destinados a repor um sistema de salvaguarda, destinados a entrar em funções apenas se o sistema secundário falhasse, sendo deslocado para os locais mais críticos sempre que a possibilidade de falha estivesse presente, como no caso de fogos de grandes dimensões que possam afectar os diversos circuitos físicos existentes na área.

terça-feira, julho 04, 2017

Disponível o catálogo de 2017 da Terrafirma

Pouco após a Britpart ter anunciado o seu catálogo para o corrente ano, a Terrafirma, outro dos fornecedores de peças para Land Rover mais conhecidos e com representantes entre nós, disponibilizou, igualmente o catálogo para o presente ano, o qual pode ser pedido através do "site" ou consultado "on line", para quem não o possa ou pretenda pedir, sendo certo que, apenas uma semana após preencher o formulário, recebemos um catálogo na morada indicada.

Por ter sido disponiblizado o catálogo original, em formato PDF, pudemos subsituir a versão inicial, que resultava de uma impressão, pelo que os nossos leitores podem, igualmente, proceder a esta substituição, ficando com um catálogo de melhor qualidade e que ocupa menos espaço em disco.

Tal como em edições anteriores, o catálogo da Terrafirma abrange numerosas peças e equipamentos, destinados a múltiplas finalidades, permitindo equipar ou melhorar um veículo e adaptá-lo ao gosto e objectivos do proprietário, oferecendo uma panóplia de opções bastante vasta e completa.

Menos controversa que a Britpart, mas também com um muito extenso número de produtos, a Terrafirma tem sido considerada por muitos como um bom compromisso entre preço e qualidade, podendo-se neste catálogo encontrar um conjunto de opções interessantes e ideias que podem ser aplicadas, mesmo que recorrendo a produtos de outras proveniências.

segunda-feira, julho 03, 2017

Um crime chamado SIRESP - 3ª parte

Só um teste que reproduza, tanto quanto possível, uma situação real limite permite extrair conclusões, corrigir erros e equacionar soluções, sendo certo que as limitações do SIRESP, não apenas na segurança e desempenho, infelizmente fracos, mas também nas escassas funcionalidades, dificilmente poderão corresponder às expectativas ou exigências de um utilizador profissional.

As funcionalidades do SIRESP estão completamente desfazadas da realidade tecnológica actual, onde a transmissão de diversos tipos de dados é absolutamente essencial, pelo que, para além das fragilidades existentes, as capacidades e versatilidade do sistema surge como incompatível com as necessidades dos dias de hoje, prejudicando seriamente todos quantos deles dependem e que, no limite, de forma indirecta, serão todos quantos se encontrem em território nacional.

A anunciada opção de investir outros 200.000.000 de Euros no SIRESP surge, portanto, como absurda, correspondendo a um óbvio desperdício, tão absurdo como tentar actualizar um veículo dos anos 70 e esperar que, à custa de um pesado investimento, este tenha características semelhantes às de um concebido na actualidade, algo que todos sabemo ser impossível e economicamente inviável.

Objectivamente, por muito que custe face aos enormes investimentos efectuados no passado, consideramos que será menos oneroso para o futuro assumir as perdas e dar por terminada a triste aventura do SIRESP, substituindo-o por um novo sistema, capaz de oferecer as funcionalidades exigíveis nos dias de hoje e possua a redundância necessária para que nele se possa confiar, algo que, na verdade, nunca acontecerá com o sistema actual.

domingo, julho 02, 2017

Lisboa, cidade fechada - 31ª parte

Naturalmente, após mais de ano e meio de indiferença, poucos esperariam uma alteração na postura da autarquia, uma ideia que foi reforçada face à ausência de qualquer responsável político, tendo-se verificado apenas pequenas modificações cosméticas, algumas das quais primam pelo ridículo, como as extensas pinturas nos pavimentos, que se revelam caóticas e desorientadoras.

O excesso de sinalização provoca desconcentração e confusão, pelo que a profusão de sinalética, incluindo a não prevista no Código da Estrada, e a falta de sinais em locais onde realmente são necessários, bem como o registo dos mesmos, única forma de estes terem força legal, demonstra a própria desorientação dos responsáveis pela instalação de um autêntico caos e pela diminuição da qualidade de vida dos residentes.

Presume-se que a não correcção de erros reportados, ou a aceitação de sugestões de moradores, se deva a uma manifesta incapacidade de face a uma solução estruturalmente errada, pequenos ajustes sejam quase irrelevantes do ponto de vista prático, resultando num substancial aumento dos custos desta empreitada que, aparentemente, ninguém conhece ou está disposto a revelar, a avaliar pela ausência de respostas às perguntas colocadas.

Portanto, o experimentalismo da autarquia, usando os residentes como simples cobaias, terá um custo que, podendo ser absurdamente elevado, é ocultado, tal como se escondem os responsáveis políticos, que se escudam atrás de um conjunto de técnicos cuja responsabilidade assume vertentes distintas, pela subordinação a um conjunto de decisões erradas que emanam de um nível hierárquico superior.