sábado, junho 17, 2017

Lisboa, cidade fechada - 29ª parte

Com o aparecimento de linhas vermelhas e amarelas ao longo dos passeios, sendo que nalguns casos as primeiras são quebradas, ou em "zigzag", surge a natural tentação de verificar se correspondem a alguma sinalética presente no Código da Estrada, sem o que, face a incompetência das autarquias no respeitante a estabelecer novos sinais, tais pinturas resultam inconsequêntes e, no limite, ilegais.

Se a linha amarela implica a proibição de estacionar, a vermelha é inexistente, tal como a conjugação das duas, pelo que, dependendo da interpretação, que pode considerar as duas linhas como uma única sinalética, o conjunto resulta nulo, com a perda de significado da própria linha amarela, por absorvida num conjunto sem valor legal.

Lembramos que se vai realizar uma reunião para abordar os problemas do bairro, a ter lugar na Junta de Freguesia do Areeiro, no dia 19, pelas 18:30, portanto num horário pouco convidativo, ou impossível para muitos, e na sequência de um processo de divulgação tardio, dada por parte das entidades oficiais, apenas na tarde de Sábado surgiram prospectos nos parabrisas de alguns veículos estacionados no bairro, colocados por movimentos de cidadãos, numa altura em que diversos moradores estão fora devido ao fim de semana.

Naturalmente que, quem puder, terá todo o interesse em estar presente, sendo esta uma das poucas oportunidades de expor um conjunto de situações lamentáveis e para as quais as respostas oficiais são virtualmente nulas, na medida em que não resolvem os problemas sucessivamente expostos que, efectivamente, parecem agravar-se a cada alteração.

sexta-feira, junho 16, 2017

Tomadas de isqueiro em residências - 1ª parte

Por vezes é necessário utilizar numa residência um equipamento desenhado especificamente para utilização em veículos e que possui, como um única forma de alimentação eléctrica, um conector para a tomada de isqueiro padronizada existente na quase totalidade das viaturas existentes.

A alternativa, numa residência onde a alimentação eléctrica é de 220V é recorrer a um sistema de conversão, que seja ligado a uma tomada convencional e possua uma saida a 12 volts, com o formato da ligação de isqueiro, substituindo assim aquela que se encontra nas viaturas.

Esta solução pode parecer quase universal, mas o facto é que, se a maioria é compatível com equipamentos de baixo consumo, como um sistema de navegação por GPS, quando se trata de um dispositivo com maiores exigências, como um compressor de ar, muito usado para encher pneus, o mesmo já não acontece, podendo apenas ser utilizados os conversores mais potentes.

Os modelos mais simples, e de menor preço, são os pequenos conversores de 500mAh, que encaixam directamente numa tomada de parede ou extensão e permitem a ligação dos equipamentos menos potentes, muito comuns nas secções de artigos eléctricos e electrónicos, onde podem ser adquiridos por poucos Euros.

quinta-feira, junho 15, 2017

Incêndio no túnel do Marão - 2ª parte

Seja no local, à entrada do túnel, seja noutra localidade, um sistema baseado em videovigilância ou sensores opera sempre remotamente, pelo que a dependência é, essencialmente, do sistema de comunicação de dados, cada vez mais fiáveis mas, naturalmente, nunca infalíveis e que, quanto maior a distância e a complexidade envolvida, maior a vulnerabilidade e a possibilidade de falha.

Se numa situação em que o controle é local a possibilidade de falhas se concentra no sistema interno do túnel, e caso estas ocorram existe a possibilidade de um reconhecimento presencial, a sua gestão remota introduz novos factores de vulnerabilidade e mesmo a impossibilidade de uma deslocação ao local, em tempo útil, por parte de quem opera o sistema caso seja necessário repor as comunicações.

Basta que um dos equipamentos que encaminham os dados ou a própria cablagem sejam danificados, e tal pode acontecer por diversas razões, incluindo climáticas ou por acção de fogos, para citar dois exemplos, para que o sistema de videovigilância colapse, sem que exista uma presença que intervenha prontamente, perdendo-se assim a possibilidade de efectuar pequenas manutenções ou reparações simples, mas que devem ser efectuadas no momento.

Naturalmente, podem ser implementados sistemas redundantes, com encaminhamento de dados via distintos circuitos, mas o facto é que a falha em locais concretos, como um segmento do túnel, que inutilize alguns equipamentos de vigilância, dificilmente pode ser compensado, por muito sofisticado que sejam os meios implementados.

quarta-feira, junho 14, 2017

Formulário para adesão a um grupo no Facebook

Como forma de controlar a adesão a grupos, o Facebook permite agora configurar um cunjunto de perguntas que deverá ser respondida na altura do pedido de adesão, dndo assim os administradores alguma informação básica, o que permite, em princípio, filtrar alguns elemento indesejáveis ou incompatíveis com os propósitos do grupo.

Junto das adesões de novos elementos, a opção configurações, ou "Settings" na versão inglesa, permite acedee a um painel onde as perguntas podem ser adicionadas, dando assim origem a um formulário que surgirá a quem solicitar a adesão ao grupo, com as respostas a serem visíveis pelos administradores que, com base na informação fornecida, decidirão quanto ao pedido.

Este processo, muito simples de implementar, contribui para filtrar, desde logo, quem seja incompatível com o grupo, sendo comum o facto de, simplesmente, nem falar a mesma língua, mas, também, nada ter a ver com os objectivos do grupo e pretender aderir para proceder ao envio de mensagens comerciais, habitualmente incluídas na categoria de "spam", e que tipicamente pedem para aderir sem conhecer os propósitos de cada grupo.

Naturalmente, este pequeno inquérito não resolve todos os problemas no processo de adesão, mas a sua implementação ajuda, em muito, a controlar algumas das situações mais gravosas e que tendem a desestabilizar os grupos, pelo que, sobretudo em grupos fechados, sugerimos que seja introduzida, pelo menos temporiamente, numa experiência destinada a ajudar os administradores no processo de decisão de confirmar ou recusar uma adesão.

terça-feira, junho 13, 2017

Incêndio no túnel do Marão - 1ª parte

O incêndio de um veículo pesado no Túnel do Marão e a forma como a ocorrência foi gerida, desde o seu início até à extinção do fogo e aos subsquentes procedimentos de limpeza e extração de fumos veio relançar algumas polémicas que, embora existentes desde a altura da inauguração, ficaram algo esquecidas durante o período em que não se verificaram incidentes.

Se no caso concreto apenas se verificaram feridos ligeiros, sem outras consequências que a perda do veículo e de alguns equipamentos, sobretudo de segurança e iluminação, a manutenção do funcionamento de uma das vias, a ausência de sinais sonoros de alarme, o atraso no accionamento dos sinais luminosos e no aviso da Guarda Nacional Republicana, foram problemas relatados por testemunhas.

A manutenção do funcionamento de uma galeria, que devia ter sido igualmente interditada, segundo o plano de emergência, como forma de proceder à evacuação de veículos retidos numa galeria intransitável, levanta outros problemas, contrariando o establecido que pressuponha que o túnel apenas funcionaria com as duas galerias disponíveis.

Uma das situações mais polémicas tem a ver com a deslocalização do centro de controle de tráfego do local para Almada, onde ficou integrado numa estrutura maior, resultando assim uma maior integração e racionalização dos serviços e, consequentemente, uma redução dos seus custos.

segunda-feira, junho 12, 2017

Disponível a 14ª edição do catálogo da Britpart

A 14ª edição do catálogo da Britpart, um dos fornecedores de peças para Land Rover mais conhecidos, e mais discutidos, pelas mais diversas razões, já se encontra disponível, podendo ser requisitado, por parte de quem habite em Inglaterra, ou consultado "on line" ou descarregado, para quem não o possa pedir.

Para aqueles que, em vez de consultarem no "site" da Britpart, preferirem descarregar o catálogo, em formato PDF, o que permite gravar localmente, podendo mais tarde ser acedido de forma mais rápida, sugerimos que o descarreguem através desta ligação, informando que, pela sua extensão, o processo pode resultar um pouco moroso.

Ao longo de 252 páginas, podem-se encontrar produtos e equipamentos para os mais diversos fins, que vão desde a manutenção ou reparação mecânica, passando pelo melhoramento dos veículos, e terminando nos acessórios e equipamentos para expedições, numa variedade que aumenta a cada edição do catálogo deste fornecedor.

Apesar das críticas quanto à qualidade de diversos produtos, o facto é que este é um dos maiores fornecedores de peças e equipamentos para Land Rover e a enorme diversidade presente neste catálogo justifica a sua consulta, seja para efeitos de aquisição, seja como fonte de inspiração.

domingo, junho 11, 2017

Lisboa, cidade fechada - 28ª parte

Com a redução do número de lugares de parqueamento em muitas zonas da cidade, os próprios moradores ficam impossibilitados de estacionar dentro dos limites impostos, do que decorre um elevado número de estacionamentos em locais inadequados, muitas vezes impossibilitando os peões de circular nos passeios, com a situação a agravar-se nos bairros residenciais no horário pós-laboral.

No entanto, para a Câmara Municipal de Lisboa, este é um problema não existente, pelo que se limita a agradecer o contacto e a encerrar a ocorrência, alegando que esta se encontra resolvida, enviando o texto que seguidamente transcrevemos e é repetido para as várias participações sobre o mesmo assunto:

"Relativamente à situação apresentada, na qual se refere a estacionamento irregular, apesar de não ter verificado infrações no local, informo V.Exa. que dentro das nossas competências e disponibilidade operacional, vamos continuar a fiscalizar o local e atuando conforme as irregularidades detectadas."

Face à prova fotográfica, e o exemplo é um de muitos e abrange uma única rua, é manifesto que só uma completa ausência de fiscalização e a necessidade de arquivar pendências, sem efectivamente as resolver, estará na base de uma resposta que demonstra a incapacidade da autarquia em lidar com a realidade, nomeadamente quando esta é o resultado das suas acções, concretamente na diminuição de espaços para parqueamento, situação para a qual foi repetidas vezes avisada.