terça-feira, junho 20, 2017

Incêndio no túnel do Marão - 3ª parte

No caso desta ocorrência, diversos equipamentos foram destruídos, pelo que a monitorização remota ficou inoperacional na zona atingida, e a falta de presença de operadores no local impossibilita a obtenção de informações que permitam gerir de forma adequada uma situação de emergência que, num local confinado, pode ter consequência particularmente graves.

Por outro lado, as portas que permitem passar de uma galeria para a outra tem que ser accionada manualmente, em coordenação com a gestão de tráfego e, supostamente, com quem está envolvido no socorro, o que implica uma deslocação rápida ao local onde se encontram os locais de passagem entre os túneis, bem como o aviso sonoro que informe quem está no interior dos procedimentos a adoptar.

Naturalmente, quem se deslocar ao interior de um túnel numa situação de incêndio, ou acidente, terá que estar preparado e equipado, não sendo incumbência de um operador de sistemas, mas a presença no local de uma equipa multidisciplinar, com múltiplas valências, com elementos com múltiplas funções atribuídas, tem inegáveis vantagens.

Sem este tipo de acompanhamento, a possibilidade de pânico é real e as acções impensadas, que podem ter consequências graves, são prováveis, adicionando um factor de imprevisibilidade e de perigo, podendo-se imaginar desde inversões de marcha até deslocações a pé em vias enfumaradas, nas quais a visibilidade é diminuta e a desorientação tende a aumentar.

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