quinta-feira, junho 15, 2017

Incêndio no túnel do Marão - 2ª parte

Seja no local, à entrada do túnel, seja noutra localidade, um sistema baseado em videovigilância ou sensores opera sempre remotamente, pelo que a dependência é, essencialmente, do sistema de comunicação de dados, cada vez mais fiáveis mas, naturalmente, nunca infalíveis e que, quanto maior a distância e a complexidade envolvida, maior a vulnerabilidade e a possibilidade de falha.

Se numa situação em que o controle é local a possibilidade de falhas se concentra no sistema interno do túnel, e caso estas ocorram existe a possibilidade de um reconhecimento presencial, a sua gestão remota introduz novos factores de vulnerabilidade e mesmo a impossibilidade de uma deslocação ao local, em tempo útil, por parte de quem opera o sistema caso seja necessário repor as comunicações.

Basta que um dos equipamentos que encaminham os dados ou a própria cablagem sejam danificados, e tal pode acontecer por diversas razões, incluindo climáticas ou por acção de fogos, para citar dois exemplos, para que o sistema de videovigilância colapse, sem que exista uma presença que intervenha prontamente, perdendo-se assim a possibilidade de efectuar pequenas manutenções ou reparações simples, mas que devem ser efectuadas no momento.

Naturalmente, podem ser implementados sistemas redundantes, com encaminhamento de dados via distintos circuitos, mas o facto é que a falha em locais concretos, como um segmento do túnel, que inutilize alguns equipamentos de vigilância, dificilmente pode ser compensado, por muito sofisticado que sejam os meios implementados.

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