sábado, outubro 08, 2016

Lisboa, cidade fechada - 13ª parte

Acresce o facto de, em caso de acidente, as estreitas ruas ficarem bloqueadas durante todo o processo subsequente, bastando que tal aconteça num cruzamento, o que será o mais frequente, para que, dada a ausência de alternativas, toda a circulação no bairro fique impossível.

Naturalmente que esta situação é mais comum na altura em que os pais levam e recolhem os filhos dos diversos estabelecimentos de ensino sitos no bairro, deparando-se com dificuldades em estacionar, mesmo que por breves momentos, e deslocarem-se no sentido pretendido, pelo que, para evitar atrasos, a opção pela contramão parece ser comum, com sequências de vários carros a cometer a mesma infração.

À data em que escrevemos este texto, quando alguém que entra pela Praça de Londres não consegue circular até junto da residência, tendo de entrar no bairro junto do hotel Holliday Inn, e tal sucede com base diária, consumindo tempo, combustível e gerando poluição, naturalmente que a tentação para infringir é grande e muitos não resistem, gerando situações que podem ser prejudiciais e perigosas para todos, a começar pelo próprio.

Para que melhor os nossos leitores se possam aperceber do absurdo, sobre o mapa da zona descrevemos o trajecto tal como podia ser realizado antes das obras, a vermelho, e aquele que agora tem que ser percorrido, de modo a que possa aferir do absurdo da diferença em termos de extensão, podendo imaginar, a horas de maior tráfego, o tempo perdido no final de cada dia de trabalho.

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