sexta-feira, junho 10, 2016

Lisboa, cidade fechada - 7ª parte

No entanto, nenhum sistema de escoamento tem a configuração das antigas sarjetas, que exigem uma altura do passeio relativamente à via de rodagem superior à existente, limitando-se a ser simples grelhas no pavimento, posicionadas de forma muito discutível, já que, neste tipo de via estreita o local onde passam os rodados das viaturas, e portanto de maior desgaste, é facilmente determinável, devendo ser evitado, algo que não aconteceu.

Esta solução, conjuntamente com a estreita largura das faixas de rodagem, resultando numa pressão sempre na mesma zona, algo que, probabilisticamente, acontece menos quando a largura aumenta, dado haver maior flexibilidade de trajectórias, bem como a espessura dos asfalto, terá consequências óbvias na sua durabilidade, com as reparações a não poderem passar de remendos, dado que não é possível colocar uma nova camada de asfalto sem que esta fique acima do nível dos passeios.

É de notar, e de estranhar, a largura dos cada vez mais escassos locais para parqueamento, que agora é somente 1.80 metros, à medida para um veículos de gama média, como um Volkswagen Golf, desde que cuidadosamente estacionados, mas incompatíveis com modelos mais largos, que terão que optar entre ocupar parte do absurdamente largo passeio ou invadir a estreita faixa de rodagem.

Relativamente à largura das faixas de rodagem, após constatar as dificuldades dos veículos de recolha de lixos, que necessitam de utilizar o passeio ou efectuar manobras nas curvas, é manifesto que estas foram mal planeadas e constituem um obstáculo para viaturas de maior porte, nestas incluindo muitos dos que estão adstritos ao socorro, como auto-tanques, os quais encontrarão sérias dificuldades em aceder com a celeridade exigível ao interior do bairro.

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