segunda-feira, abril 25, 2016

Lisboa, cidade fechada - 4ª parte

Estas obras iniciaram-se em meados de Setembro de 2015, na altura em que se iniciou o ano lectivo, ou seja, quando existe um maior movimento no bairro, em cujo centro se encontra o Agrupamento Escolar D. Filipa de Lencastre, tendo sido completamente desaproveitado o período correspondente às férias de Verão, altura em que o bairro fica bastante mais deserto.

Também a escolha de um período onde chove mais e os dias são mais curtos, para além de uma organização discutível e ritmo particularmente lento, tem vindo a arrastar as obras, sendo que, passado mais de meio ano após o início, nem a metade do bairro onde decorrem as obras se encontra concluída, pelo que, mantendo-se o presente ritmo, se pode calcular que estas demorarão uns absurdos dois anos.

Para uma autarquia que pretende atrair habitantes, todo o desenrolar destas obras, que, para além dos inconvenientes, em nada beneficiam os residentes, prejudicando-os gravemente em muitos aspectos, todo este processo demonstra uma incompatibilidade entre as intenções anunciadas e a triste realidade, a qual objectivamente, fala muito mais alto do que qualquer discurso, por muito bem elaborado que esteja.

Já por diversas vezes lamentamos a execução de obras, algumas particularmente dispendiosas, que, na sua conclusão, não só não alcançam os objectivos propostos, como, em diversas vertentes, resultam em graves prejuizos para aqueles que, supostamente, seriam beneficiados, pelo que, no final, todos pagamos para ficar pior numa cidade cada vez menos habitável, de onde os habitantes se limitam a sair.

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