sábado, abril 23, 2016

Lisboa, cidade fechada - 3ª parte

Apesar de a intenção de estreitar as vias de rodagem ser positiva, baixando a velocidade de circulação, quando levado ao exagero implica dificuldades para veículos de maiores dimensões, entre eles alguns adstritos ao socorro, mas também aos são utilizados na limpeza urbana ou na distribuição de bens, os quais agora dificilmente podem circular em diversos arruamentos, completamente bloqueados durante as obras.

Por outro lado, a largura das vias permite antecipar pequenas colisões contra veículos estacionados, sobretudo quando perto das apertadas curvas em angulo recto, ou contra os inúmeros pilaretes destinados a evitar o estacionamento sobre os largos e inúteis passeios onde, basicamente, os peões nunca circulam.

Aliás, no projecto original, constante do "site", diversos destes largos passeios eram lugares de estacionamento, tendo sido, sem aviso prévio, convertidos em passeios largos, feitos em calçada, adequados para uma avenida larga, mas absurdos num pequeno bairro onde vive um reduzido número de moradores.

Acresce o facto de diversas vias, algumas delas essencias à circulação no interior do Bairro, terem sido cortadas, com a zona a ser empedrada, resultando em amplos espaços de calçada absolutamente inúteis e que se tornam ainda mais absurdos por ficarem junto de pequenas áreas ajardinadas que podiam ter sido ampliadas, o que, apesar de tudo, sempre teria algum efeito positivo, mas que o projectista foi incapaz de alcançar.

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