sábado, janeiro 10, 2015

Frio real vs frio sentido - 2ª parte

Em termos puramente meteorológicos, interessam sobretudo os valores distintos de temperatura, humidade ou vento e nem tanto a forma como interagem entre sí, excepto na medida em que se condicionem ou potenciem mutuamente, mas não sob o ponto de vista fisiológido e da protecção das populações, vertente para a qual entidades como a Direcção Geral de Saúde ou a Autoridade Nacional de Protecção Civil deviam ter um contributo diferente, concretamente na determinação do nível de alerta e cuidados inerentes a uma dada situação climatérica.

Todos, de forma intuitiva, temos a percepção de diversos tipos de frio, alguns mais incómodos do que outros, resultando da associação de factores ou de uma simples evolução mais rápida dos próprios valores da temperatura, resultando naquelo que, em português, se pode designar como "temperatura sentida", e que pode afastar-se em termos de sensação, e mesmo de efeito, em alguns graus da indicada pelo termómetro.

Aliás, todos quantos após sairem de um duche quente, portanto com o corpo aquecido a uma temperatura superior à do ambiente circundante, sentiram um arrefecimento súbito, devem essa sensação muito mais à humidade do ar, presente nestas circunstâncias, do que a uma variação, mesmo que abrupta, da temperatura envolvente, sendo este o exemplo mais típico e de entendimento mais universal de entre os que podem ilustrar esta realidade.

Outro exemplo, que resulta de outro factor, é a exposição a ventos fortes, sentido sobretudo quando o vestuário é inadequado, permitindo passagem de ar frio pelo seu interior, o que implica que o ar quente aí existente, aquecido pelo contacto com superfícies mais quentes, como o próprio corpo, é substítuido por outro, a temperatura inferior e que rapidamente arrefece tudo o que contacta.

sexta-feira, janeiro 09, 2015

Anunciada série especial comemorativa do termo da produção do Defender - 1ª parte

Confirmando o termo da produção do Defender para o fim de 2015, a Land Rover apresentou um conjunto de versões comemorativas, destinadas ao mercado inglês, das quais serão produzidas, no total, 1.080 exemplares, que, sem dúvida, serão investimentos a ter em conta por parte de colecionadores e adeptos da marca.

Estas três interpretações do mais antigo modelo da Land Rover em produção pretendem agradar a um conjunto alargado de adeptos da marca, muitos destes descontentes com o termo da produção deste modelo, tantas vezes anunciada no passado, mas que surge agora com um maior nível de confirmação, indiciando ser uma decisão defenitiva.

Designado por "Heritage" e pintado em "Grasmere Green", estará disponível nas versões com capota rígida dos modelos 90 e 110, sendo caracterizado por uma grelha alusiva ao Series I, com insignias a lembrar o início da marca e uma marcação "HUE 166", correspondente ao primeiro Land Rover de pré-produção, construido em 1947.

A edição "Adventure" estará disponível com base nos mesmos modelos, nas cores "Corris Grey", "Yulong White" e "Phoenix Orange", sendo equipado com novas jantes e grelha dianteira, protecções e com o motor a debitar 148 cv de potência e um binário de 295 lb ft ou 40.78 kg m.

quinta-feira, janeiro 08, 2015

Frio real vs frio sentido - 1ª parte

Quando, recentemente, criticamos as opções da Câmara Municipal de Lisboa pela suspensão do plano de contingência para o frio, que é activado quando a temperatura desce para os 3º e assim se mantém durante dois dias consecutivos, sendo suspensa quando a temperatura sobe, mesmo marginalmente, não tivemos ocasião de ir um pouco mais longe, concretizando as razões da nossa oposição a esta política.

A questão dos alertas emitidos por diversas entidades com base na temperatura, bem como a reacção das autoridades envolvidas, obedecendo a um critério linear de valor absoluto, levanta algumas questões, nomeadamente o impacto sobre o corpo humano em termos de saúde e de conforto, algo que, objectivamente, é determinado por um conjunto alargado de factores.

O dia de hoje em Lisboa amanheceu com alguma humidade e nevoeiro, com uma temperatura que se pode considerar normal, entre os 6 e os 7º, mas transmitindo uma sensação de frio muito mais forte do que dias com temperaturas reais francamente mais baixas e inúmera queixas de que seria o dia mais frio do ano.

Se bem que a temperatura seja determinante, como factor base e primordial, dependendo de um conjunto de condições e permissas pode ser sentida de forma diferente, tornando-se não apenas mais incómoda, como mais perigosa, sobretudo para aqueles que sejam mais vulneráveis ou se encontrem menos protegidos e que, em dadas combinações, sofrem de forma desproporcionada face aos valores de uma temperatura absoluta.

quarta-feira, janeiro 07, 2015

Projectos para 2015 - 3ª parte

Estes resultados também influenciarão outras aquisições, as quais serão orientadas de acordo com as expectativas relativamente aos resultados e à concretização, dado que, em muitos casos, representam investimentos em equipamentos específicos, cuja rentabilização, ou mesmo o interesse por parte dos nossos leitores, depende em muito do seu uso.

Alguns dos equipamentos adquiridos mais recentemente, como o vestuário da série TAD V4.0, que descrevemos e analisamos brevemente, serão também testados de forma mais prolongada, em diversas situações e submetidos a testes que permitam avaliar da sua qualidade, funcionalidade e adequação às várias circunstâncias para as quais são recomendados.

Iremos igualmente acompanhar as evoluções a nível tecnológico, sobretudo na área das comunicações móveis e da informática, bem como de sistemas que possam ser utilizados em emergências ou no socorro, sem esquecer as actualizações ou "upgrades" que potenciem ou dêm uma nova vida a equipamentos e plataformas existentes, possibilitando a sua manutenção e a melhoria do seu desempenho.

Tal como anteriormente, e cada vez com maior adequação à realidade que enfrentamos, continuaremos a manter um orçamento rigoroso, procurando adquirir, sempre que tal seja necessário, nas condições mais vantajosas, e passando essa informação aos nossos leitores, para que possam tirar o partido possível das iniciativas que aqui vamos descrevendo.

terça-feira, janeiro 06, 2015

ANECRA quer que factura de revisão seja obrigatória na IPO - 2ª parte

Pior ainda, seria de esperar a imobilização de numerosos veículos, que deixariam de consumir os serviços das oficinas e, um maior número a circular sem IPO, tendo como resultado uma diminuição da segurança viária, dado que mesmo a manutenção necessária à sua aprovação seria descurada por impossibilidade de os fazer aprovar sem factura de revisão.

Por outro lado, estão-se a misturar conceitos e obrigações, sendo a conservação algo sobretudo patrimonial, cujos reflexos na segurança, o único que pode ser regulado dado estarmos a falar de um bem privado, é aferido de acordo com os critérios de aprovação estabelecidos para aprovação nas IPO, as quais seriam, de alguma forma, postas em causa e desautorizadas perante esta medida, ficando ainda por esclarecer qual a sanção da oficina reparadora responsável pela revisão, caso o veículo reprove na IPO.

É, para nós, óbvio que tal não será aprovado, por falta de fundamento legal e porque obriga à contratualização de um serviço, mas cujo efeito, caso por absurdo se intentasse seguir por este caminho, seria nefasto, com as IPO a serem comprometidas por circuitos de pagamento paralelos, venda de facturas, e todo um conjunto de falsificações que prejudicariam a todos, incluindo os próprios promotores da medida.

Esta proposta, de cujo conteúdo notificamos as entidades competentes, está entre as mais lamentáveis que tivemos conhecimento nos últimos anos, sendo, para além de injusta, manifestamente abusiva e ilegal, violando os direitos dos consumidores, aos quais se pretende impor um serviço obrigatório de conservação cujo propósito é sustentar um conjunto de empresas que se vêm privadas de proveitos que resultavam de uma conhecida evasão fiscal, a qual implicou alterações legislativas recentes.

segunda-feira, janeiro 05, 2015

Terminou o plano de contingência para o período de frio em Lisboa

E tal como começou, com um "alerta amarelo" emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o ligeiro aumento das temperaturas mínimas, que ultrapassam em 1º o limite de 3º para activação do plano de contingência, ditou o fim do apoio concedido pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) aos sem abrigo da cidade, tendo sido encerrado o pavilhão onde estes eram acolhidos e suspensas as acções que complementavam este esforço.

Após escassos dias, durante os quais foi feito um apelo às populações para que se solidarizassem e contribuissem com agasalhos, fazendo transitar estes encargos para os munícipes, a edilidade, perante a subida das temperaturas mínimas que se registam, e cuja variação é insignificante, sobretudo para quem não dispõe de abrigo, optou por terminar este apoio, mesmo estando prevista uma nova descida de temperatura para a próxima semana.

Naturalmente que usar os alertas e dados do IPMA como base de decisões políticas parece uma forma simplista de proceder, que visa, essencialmente, evitar uma responsabilização directa da CML caso surjam casos de maior gravidade, mas, no fundo, parece ser uma entidade cujo propósito é o estudo e análise das condições meteorológicas a decidir da política social da maior autarquia portuguesa.

Intuitivamente, ocorre que a CML quis reduzir a possibilidade de fatalidades na época festiva e o impacto que tal teria na opinião pública, sobretudo na apreciação que esta faria quanto à acção do presidente da autarquia, cujas ambições políticas são por demais conhecidas, e que nunca conseguiria fazer esquecer a existência de mortos durante uma vaga de frio na cidade que dirige, motivo que, dizem as aparências, terá ditado a acção da câmara nestes dias.

domingo, janeiro 04, 2015

Espátula eléctrica para remoção de neve

Apesar de este não ser, tipicamente, um país conhecido pela neve, no Interior Norte neva com alguma frequência durante os meses mais frios, justificando-se dispor de alguns equipamentos ou acessórios que facilitem o uso de viaturas nestas condições.

A pequena espátula que hoje apresentamos é de construção metálica, com a pega em borracha, capaz de proporcionar algum isolamento térmico, protegendo a mão do utilizador de queimaduras, sendo complementada por um extenso cabo de ligação, terminado numa ficha para ligação a uma tomada de isqueiro de 12 volts.

Esta espátula, após conectada, liga-se através de um simples botão, ficando quente em perto de dois minutos, altura em que facilmente remove a neve de superfícies, como os vidros, capot ou tejadilho, operação que se pode realizar com maior rapidez face a um equipamento não aquecido.

O preço ultrapassa em pouco a meia dúzia de Euros, incluindo portes a partir da Ásia, e esta espátula pode complementar alguns acessórios que quem se desloca na neve deve possuir, tal como placas de desatascanço, correntes de neve ou uma forma de sinalização e comunicação, essenciais caso tudo o resto falhe.