quinta-feira, março 19, 2015

Acessibilidade e privacidade na Internet - 3ª parte

Ao preencher estes campos nos dois protocolos, IPv4 e IPv6, o valor enviado pelo prestador de serviço não é tido em conta, usando-se, neste caso, os servidores do Google, mas que podem ser substituidos por outros, como os Open DNS, e que prestam um serviço semelhante e gratuito.

A questão da privacidade é mais complexa, mesmo a nível de abordagem, dado que é uma lâmina de dois gumes, e se, por um lado, protege quem possa ser falsamente acusado ou previlegie a privacidade, por outro permite aceder a um lado mais escuro da Internet e praticar actos ilícitos de forma clandestina e, quase certamente, com impunidade.

A primeira opção, em termos de privacidade, a navegação anónima ou um "don't track", está disponível nos navegadores ou "browsers" mais recentes, mas tal não impede o registo efectivo da navegação e dos acessos a "sites" por parte de quem gere o serviço, obrigado por lei a manter esse registo por dois anos e que pode, mediante mandado judicial, ser obrigado a entregá-lo às autoridades competentes.

Assim, mesmo recusando o envio ou recepção de identificadores com os "sites", o facto é que o registo permanece, com o prestador de serviço a manter associado o IP utilizado a cada momento por cada um dos seus utilizadores, que, mesmo em caso de intrusão, e caso tal não seja demonstrado, assumem a responsabilidade pelo uso do serviço, podendo, no limite serem responsabilizados criminalmente.

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