sábado, setembro 13, 2014

Um novo terrorismo - 2ª parte

Esta teoria, conhecida deste o tempo da guerra no Vietnam, perfeitamente explicitada em termos teóricos e doutrinários por Ho Chi Min e levada à prática de forma exemplar por Van Giap, desgasta e desmotiva qualquer opositor, por mais poderoso que seja, corroendo a sua estrutura a partir das base, concretamente comprometendo o apoio popular, muitas vezes manipulado por uma informação imprecisa e facciosa.

As novas tecnologias têm permitido uma divulgação fácil da propaganda de grupos terroristas, não apenas difundindo a sua mensagem, como estabelecendo contactos que, muitas vezes, resultam em novas adesões, redefenindo o perfil dos participantes neste tipo de acção, que evoluiu rapidamente no sentido de integrar elementos com um maior nível cultural, provenientes de civilizações onde o acesso a um conjunto de conhecimentos os torna particularmente perigosos.

Estes novos recrutas, na sua maioria sem qualquer preparação militar e fraco valor como combatentes, pouco adaptados às condições de vida e de clima do teatro de operações, valem essencialmente como instrumento de propaganda, forma de angariação de fundos, disseminação da mensagem e, em caso de retorno ao país de origem, como recrutadores ou perpretadores de atentados, mas o seu principal valor reside no protagonismo em redes sociais ou nos media.

Essencialmente, são apresentados como prova do sucesso dos princípios de um conjunto de grupos que, pela sua acção e princípios, já foram expulsos pela própria Al Qaeda, e como repúdio por um conjunto de civilizações e sociedades com as quais estes novos recrutas já não se identificam, em virtude de situações que são entendidas como formas de incompreensão ou rejeição.

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