terça-feira, setembro 23, 2014

O mau tempo que se prevê, mas não se previne - 1ª parte

Se durante o Verão as baixas temperturas e a chuva foram benvindas, resultando num número de ocorrências extremamente baixo, do que decorre uma área ardida reduzida, outras consequências são tão óbvias quanto previsíveis, com a quantidade de água infiltrada nos solos a reduzir a sua capacidade de absorção em caso de chuvas fortes.

No termo do Verão mais frio dos últimos 25 anos, que incluiu o mês de Julho mais chuvoso deste século, pode-se esperar que o Outono não apenas chegue prematuramente, mas também que com maior rigor, antecipando um conjunto de condições climatéricas que se consideram ser mais frequentes no Inverno.

Acresce ainda, por razões que desconhecemos, dada a repetição destas situações, a falta de limpeza de sarjetas e outros sistemas de escoamento, que nesta altura do ano se encontam em grande parte obstruidas e incapazes de escoar as águas provenientes de chuvadas mais fortes, as quais se tornam cada vez mais habituais nesta época do ano.

As inundações que ocorreram em diversos distritos, mas que constatamos pessoalmente em vários locais de Lisboa, entre os quais muitos repetem situações de anos anteriores, não sendo previsíveis na sua data e intensidade, eram de esperar ainda durante o mês de Setembro ou, no máximo, no início de Outubro, tendo sido emitidos os devidos alertas por parte das entidades competentes.

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