terça-feira, fevereiro 28, 2012

Multiplicam-se os incêndios de Inverno - 2ª parte

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Um incêndio florestal em Portugal

Os dados dos anos mais recentes vêm contrariar estatísticas antigas, onde um Agosto tipicamente devastador sobressaia, no meio de um Julho e Setembro igualmente complicados, após o que a tendência para a diminuição do número de ocorrências e da área ardida era óbvio.

Recentemente, esta regularidade, que facilitava em muito o planeamento e a mobilização de meios, não obstante estes serem por vezes insuficientes face à acumulação de fogos em períodos específicos, deixou de existir, com os incêndios a ocorrerem em pleno Inverno com uma frequência que muitos julgariam impossível.

E se por um lado este Outono e Inverno pode parecer quase excepcional devido à secura destes últimos meses, numa perspectiva evolutiva, recorrendo aos dados dos anos mais recentes, a surpresa não será tão grande, podendo-se encarar como um desvio numa continuidade, que não será mais do que um acelerar de uma tendência conhecida.

Mesmo com alguma imprevisibilidade, a projecção das tendências e indicadores permitem apontar num dada direcção e, mesmo que com uma margem de erro algo elevada, prever a evolução meteorológica, de forma a que esta possa ser incluida não apenas no planeamento das operações de combate aos fogos, mas na previsão do quadro macro económico a nível nacional, sobretudo no respeitante à produção agrícola.

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