sábado, julho 26, 2008

LandLousã na prevenção de incêndios


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Um Defender 90 no "Xisto"

Recebemos da LandLousã a informação, constante no seu "site" relativamente às actividades desenvolvidas no âmbito da prevenção de incêndios florestais.

A 1ª acção do Plano de Actividades do LandLousã para 2008, que consistiu no levantamento e caracterização de pontos de água, já está concluida e a documentação foi entregue às entidades oficiais responsáveis pelo combate aos fogos florestais e à actividade florestal.

Este levantamento, em formato PDF e comprimido como RAR, está disponível no "site" da LandLousã e pode ser usado como exemplo para que noutros concelhos sejam efectuadas actividades de carácter idêntico, cuja valia no combate aos fogos é evidente.

A Lousã tem sido um exemplo a seguir em termos de prevenção de incêndios florestais, com extensos trabalhos de ordenamento que visam estabelecer descontinuidades e criar barreiras que detenham os avanços das chamas, vindo este levantamento reforçar a vertente do planeamento e da coordenação de operações, facilitando assim o combate aos incêndios.

sexta-feira, julho 25, 2008

Inspecções passam a realizar-se até à data de matrícula a partir de 20 de Agosto


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Um centro de inspecção obrigatória

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) confirmou que a partir de 20 de Agosto as inspecções obrigatórias a veículos terão como limite o dia em que foi registada a matrícula em vez do mês de registo, podendo realizá-las nos três meses antes de expirar o prazo legal.

A intenção é aliviar os centros no final de cada mês, distribuindo as inspecções de forma mais uniforme, evitando as longas filas de espera a que os proprietários tendem a submeter-se devido ao hábito nacional de aguardar pelo último dia para cumprir uma obrigação.

Num país em que se realizam 400.000 inspecções, ou seja mais de 30.000 por mês, pretende-se descongestionar os centros e melhorar a qualidade das inspecções, evitando erros ou desleixos resultantes de picos de actividade derivados da acumulação de viaturas nos limites dos prazos obrigatórios.

Suspeita de fogo posto em Vila Velha de Ródão - 2ª parte


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Um incêndio durante a noite

É indiscutível que a deflagração de incêndios em condições aparentemente improváveis leva a apontar para intencionalidade, mas também não se deve esquecer que a falta de prevenção e de limpeza de áreas florestais, potenciada pelo tempo quente e seco acaba por ter um impacto significativo se analizado do ponto de vista probabilístico.

Mesmo perante uma probabilidade ínfima, a repetição sucessiva de uma experiência acabará por resultar, mais cedo ou mais tarde, num resultado considerado de tal forma improvável que tende para o impossível, mas que, seja pela insistência, seja por pequenas variações quase imperceptíveis, vem a suceder.

O mesmo se aplica a muitas das ocorrência que, pela sua estranheza ou improbabilidade, acabam por ser imputadas a actos deliberados ou de negligência grosseira, já que aqui a linha divisória em termos de investigação pode ser algo indefenida, sendo que, para quem não implementou medidas preventivas, atribuir um fogo a um acto criminoso acaba por ser uma desculpa a aproveitar.

Antes mesmo de as investigações concluirem num ou noutro sentido, a facilidade com que responsáveis apontam no sentido de haver intencionalidade, acaba por ser uma manobra de antecipação perante eventuais críticas de falta de planeamento ou prevenção, ilibando-se assim de responsabilidades devido ao estado calamitoso de muitas florestas portuguesas.

A opção por, em caso de dúvida ou de simples possibilidade, se considerar como fogo posto, não excluindo situações em que tal se verifica mas que são rara quanto à existência de dolo, torna-se, assim, particularmente cómoda para muitas entidades oficiais que assim podem atribuir a um acto deliberado e imprevisível o que de outra forma seria, pelo menos parcialmente, sua própria responsabilidade.

quinta-feira, julho 24, 2008

Knoll: uma nova ferramenta de publicação no Google


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Écran do Knol

O Google apresentou uma nova ferramenta para publicar informações na Internet, destinada a facilitar a disponibilização de artigos mais formais e elaborados do que aqueles que é tradicional constarem dos "blogs".

A nova ferramenta destina-se a publicações de artigos mais especializados, divididos por áreas de interesse e permite uma forma de colaboração moderada ou de interacção, de modo a que vários autores ou especialistas possam contribuir para um mesmo projecto.

Tal como acontece noutras plataformas, é possível propor alterações aos artigos, mas a edição e inclusão de novos conteúdos continua a ser da responsabilidade do autor, que terá autonomia para aceitar sugestões.

O sistema implementa formas de classificação dos artigos, a inclusão de críticas e visa disponibilizar todo um manancial de conhecimentos especializados que poderão ser extremamente úteis, mas que, por dificuldades de publicação ficam longe do grande público.

Aconselhamos os nossos leitores a visitar o "site" do Knoll e, caso sejam queiram partilhar os seus conhecimentos acerca de um dado assunto, a escrever e publicar um texto que pode vir a ajudar um sem número de leitores.

Suspeita de fogo posto em Vila Velha de Ródão - 1ª parte


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Floresta após um incêndio

Nos últimos dias, em que se verificou uma subida de temperatura, o número de incêndios tem sido elevado, com algumas das situações a levantarem suspeitas de intencionalidade junto de autarcas e autoridades policiais.

Segundo as informações da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), só no combate ao incêndio de Tavila, neste concelho do distrito de Castelo Branco, participaram 67 bombeiros, apoiados por 18 viaturas, três helicópteros e quatro aerotanques, dos quais dois erams pesados.

O elevado número de meios aéreos, que parece algo desproporcionado quando comparado com os efectivos terrestres, deveu-se à necessidade de controlar rapidamente as chamas que eclodiram na hora de maior calor e evitar que alastrassem, resultando uma situação mais difícil de controlar.

Este foi apenas um de entre os vários incêndios que se registaram no mesmo dia nos concelhos de Coimbra, Ansião, Vidigueira, Alcobaça e Ourém, os quais foram combatidos por mais de 260 bombeiros e quase uma centena de viaturas e meios aéreos.

Os sucessivos fogos que ocorreram no concelho de Vila Velha de Ródão, com ocorrências ao longo das duas últimas semanas, já resultou numa investigação por parte da Guarda Nacional Republicana, que, caso recolha indícios suficientes a encaminhará para a Polícia Judiciária, responsável por este tipo de criminalidade.

quarta-feira, julho 23, 2008

Governo vai avaliar torres de alerta e videovigilância


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Uma torre de vigilância florestal

Após ter minimizado o problema, o secretário de Estado da Protecção Civil, José Miguel Medeiros, reconheceu que existe a necessidade de "identificar o conjunto de fragilidades dos postos de vigia" que servem para alertar em caso de incêndios florestais.

Este governante, que insiste que os postos apenas detectam 10% dos fogos em termos totais e apenas 2% durante a noite, algo que não estranhamos dado não estarem permanentemente guarnecidos, acaba por, com esta frase, demonstrar a importância destas estruturas.

Se compararmos o total de 10% com os apenas 2% do período noturno, podemos concluir que para atingir o total será necessário que uma percentagem superior a 10% compense os poucos incêndios detectados durante a noite, pelo que é possível concluir que, caso os postos estivessem permanentemente ocupados, poderiam ser responsáveis por 12-15% das detecções.

O secretário de Estado considera que estas estruturas devem ser avaliadas e avança com a possibilidade de videovigilância, a que se devia adicionar a detecção química, como forma de detectar os fogos logo no início, mas sem políticas que visem a sustentabilidade da floresta e uma prevenção adequada, não serão os sistemas de alerta a evitar a diminuição progressiva da área florestal.

Esperamos que os sistema de detecção química, que avaliam da existência de fogos através da composição de amostras de ar, enviando o alarme automaticamente através de uma comunicação sem fios, sem a necessidade de um observador humano, podem ser, a médio prazo, o processo mais adequado e mais económico, sobretudo se integrado num sistema que inclua mapas digitais tridimensionais com inclusão de factores de risco e posicionamento de meios de combate.

O recurso a novas tecnologias através da integração de sistemas e soluções existentes, muitos dos quais têm vindo a baixar de preço ao longo destes últimos anos, poderá limitar a utilidade das torres como instrumento de prevenção, mas não substituirá a presença humana, indispensável como factor de dissuação de comportamentos criminosos ou de risco.

Arquivado o "caso Maddie" - 2ª parte


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Um cartaz do "The Sun" numa viatura da GNR

É urgente repensar a estrutura, a cooperação e a direcção da investigação criminal, reorganizando os meios e recursos disponíveis de forma a maximizar a sua eficácia e evitar duplicações, facto essencial num País de pequenas dimensões onde a excessiva dispersão resulta em desperdícios e numa eficácia reduzida que se deve, em grande parte, a um sistema de partilha de informações inadequado e a uma fraca experiência de muitos investigadores, que nunca acompanharão o número de casos suficiente para adquirir a necessária prática.

Num País que viveu durante quase meio século sob uma ditadura, existe uma óbvia dificuldade em conseguir o equilibrio adequado entre a investigação e a recolha de informações e o respeito pelos direitos e liberdades consignados na Constituição da República, facto agravado pela excessiva influência do poder político sobre áreas fundamentalmente técnicas, relativamente às quais apenas os orgãos de investigação deviam ter poder de decisão, livres de pressões de qualquer ordem.

Também a estratégia comunicacional contribuiu para o ampliar um desastre que se antevia, sendo patente que não havia uma estrutura que controlasse efectivamente as informações passadas para o exterior, de modo a obter a necessária colaboração dos média e da sociedade civil sem comprometer o segredo da investigação.

Finalmente, tal como mencionamos previamente, mais importante do que o sucesso ou o fracasso da investigação e os efeitos que tal poderá ter a nível da investigação criminal em Portugal, continua a haver uma criança cujo destino se desconhece, não obstante os indícios recolhidos, e que esta é a questão central que não deve ser esquecida.

terça-feira, julho 22, 2008

Ministério impõe 47 cêntimos para o transporte não urgente - 2ª parte


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Ambulância dos bombeiros durante um transporte

Existe, ainda, a possibilidade de acordo quanto a um sistema de revisão de preços com base na monitorização dos factores de custo, bem como a constituição de um grupo de trabalho que estude um novo modelo de protocolo e respectivas compensações, revendo o acordo que já tem 23 anos, e uma eventual, embora pouco crível, actualização de tabelas em Setembro.

Entretanto, os bombeiros irão decidir se vão ou não manter as faixas vermelhas com o pedido de socorro que têm colocado nas ambulâncias ou tomar qualquer outra decisão no respeitante a este processo.

Todo este processo, infelizmente, lembra-nos a velha anedota do cavalo que um dado inglês queria habituar a não comer e que se lamentava da morte do equídeo quando, aparentemente, já quase se tinha habituado a passar sem alimenta.

Lamentavelmente, parece ser esta a perspectiva de quem pretende ir reduzindo verbas, quando comparadas com os custos da actividade, como se fosse possível manter um nível de operacionalidade aceitável quando não existem recursos financeiros adequados, facto que é agravado pela dificuldade em prever o aumento de custos dos combustíveis e a sociedade civil, no actual quadro de crise, tem maiores dificuldades em contribuir com doações.

Sem a actual estrutura de voluntariado, os custos com o transporte de doentes não urgentes aumentaria exponencialmente, pelo que, com esta opção que pode estrangular as corporações, o ministério da Saúde pode acabar por matar a "galinha dos ovos de ouro" e, dentro em pouco, gastar muito mais do que se recusa a pagar agora.

Arquivado o "caso Maddie" - 1ª parte


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O célebre e inútil "retrato-robot"

Há muito esperado dado o impasse e o insucesso das investigações, foi ontem anunciado o arquivamento do processo que se seguiu ao desaparecimento de Maddie McCann, ocorrido em Maio do ano passado.

Por ter sido um tema abordado no passado, sentimos que devemos recordar os textos que publicamos e que este caso vem colocar um conjunto de questões quanto ao desempenho da investigação criminal em Portugal quando esta versa crimes complexos, como os que resultaram numa série de assassinatos relacionados com os negócios da noite no Porto ou o atentado no bar "O avião" em Lisboa.

Durante anos, criticou-se a Justiça, pela sua demora, pela sua ineficiência ou pelas sucessivas polémicas em que processos mais complexos e mediáticos têm originado, mas a investigação criminal passou relativamente incólume, sustentada por um conjunto de sucessos que permitiam minimizar alguns fracassos, mas hoje todo o conjunto deve ser analizado face à complexidade inerente aos casos resolvidos e aos que se encontram pendentes ou foram arquivados.

Não se pode continuar a analizar o índice sucesso com base quantitativa, colocando ao mesmo nível uma investigação de um crime expontâneo, realizado sem preparação, que permite uma recolha de indícios e provas e uma conclusão quase imediata, e um acto planeado, cuja complexidade leva a um trabalho aturado em que as competências técnicas são levadas ao limite.

As estatísticas não revelam dados essenciais, como a relação ente a duração das investigações e o seu sucesso, sendo cada vez mais aparente que os casos mais complexos e demoram mais a investigar, são os que apresentam uma maior percentagem de insucessos, sendo que, excluindo crimes económicos e centrando-nos na criminalidade violente, os processos que não são resolvidos em escassas semanas tendem a não chegar a bom porto.

segunda-feira, julho 21, 2008

Blog "Floresta sem fogos" volta a ser actualizado


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Uma imagem que se pretende evitar

Após alguns meses de inactividade, o "blog" "Floresta sem fogos" voltou a ser actualizado, coincidindo com a época mais complexa em termos de incêndios florestais.

O "blog" aceita contribuições relacionadas com a sua temática principal, a prevenção de incêndios florestais, através do endereço de correio electrónico do "webmaster", pelo que eventuais interessados poderão ver os seus textos aí publicados.

Fazemos votos para que os objectivos a que se propõe o "Floresta sem fogos" sejam alcançados e que este seja um Verão em que os incêndios florestais não tragam novas tragédias para o nosso País.

Helicópteros do INEM continuam por instalar - 2ª parte


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Um helicóptero do INEM

Por outro lado, estudos do INEM dizem que a opção pelos helicópteros nestas localizações não será a opção tecnicamente mais adequada, o que põe em causa a promessa do anterior ministro da Saúde que a fez como compensação para o encerramento de serviços permanentes sem uma alternativa real e apontando para uma solução que surge como inadequada.

A lamentável novela que se iniciou com o encerramento de serviços de urgência sem que as alternativas estivessem concluidas, passa pela inexistência de recursos adequados no socorro em zonas do Interior e termina na falta de cumprimento dos protocolos com os quais se acalmou a contestação popular, é exemplificativo de um mau planeamento, em grande parte resultante da insuficiente alocação de meios, e de promessas que continuam por cumprir, sem que haja responsabilização de quem está em falta.

Levanta-se também um dilema quanto ao cumprimento de uma promessa que envolve uma solução tecnicamente inadequada, adicionando ao erro do encerramento de serviços o da instalação de um meio inadequado, cujos custos são desproporcionados quando comparados com as vantagens, colocando-se agora a nova titular do cargo entre a opção de não honrar compromissos anteriores e a de dispender verbas públicas que seriam melhor empregues de outra forma.

A sociedade civil portuguesa, por razões culturais, educacionais e económicas, entre outras, sempre foi fraca e permissiva, com as populações a aceitar quase sempre passivamente a perda de recursos essenciais para a sua própria segurança, enquanto o País se desertifica e grande parte do território perde qualquer viabilidade económica.

Dentro de anos, continuando esta evolução, não haverá, efectivamente necessidade de instalar meios nos concelhos menciondos, pois a evolução demográfica determinará novas orientações políticas que orientarão os recursos existentes no sentido de serem utilizados em zonas onde o número de habitantes, leia-se eleitores, ainda o justifique.

domingo, julho 20, 2008

Helicópteros do INEM continuam por instalar - 1ª parte


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Um helicóptero do INEM

Os três helicópteros de emergência prometidos para Macedo de Cavaleiros, Ourique e Aguiar da Beira, como alternativa ao encerramento das urgências, continuam por instalar.

O prazo prometido pelo Ministério da Saúde para a activação destes meios protocolados com as autarquias, que apontava para final de 2007, está largamente ultrapassado e continua a não haver uma previsão para que estas aeronaves estejam operacionais.

Para além de uma explicação vaga que refere atrasos nos concursos, o ministério da Saúde não prestou mais esclarecimentos, nem a ministra conseguiu dar algum tipo de resposta à Oposição, que a questiona sbre o facto sempre que Ana Jorge se desloca ao Parlamento.

Este helicópteros de Suporte Imediato de Vida, tal como as ambulâncias, não têm médico a bordo, questão que abordamos no passado por considerarmos uma opção incorrecta, dado tratar-se dos meis mais dispendiosos e polivalentes que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) disporá.

Entretanto, o ministério da Saúde nada adianta de concreto nem dá a entender se vai ou não alterar esta opção errada, que poderá por em perigo a vida de quem for transportado por via aérea, uma opção sempre delicada, que pode implicar alterações fisiológicas e obriga a um acompanhamento médico especializado.