sábado, março 08, 2008

Mais uma morte resultante da má coordenação de meios de socorro - 1ª parte


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VMER do INEM estacionada num hospital

Um erro de avaliação da localização de uma vítima de uma hemorragia interna poderá estar na origem de um erro no envio de meios de socorro, podendo ter resultado na morte de um homem de 51 anos.

A vítima esvaiu-se em sangue na noite de 27 de Fevereiro, enquanto esperou durante 45 minutos por socorro na sua residência em Samora Correia, no concelho de Benavente, acabando por falecer.

A falha verificou-se quando o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) accionou os meios dos bombeiros de Almeirim, situados a 57 quilómetros de distância, quando a corporação local se encontrava a escassos 400 metros de casa da vítima e dispunha ds meis necessários para o socorro.

O pedido de socorro foi feito para o 112 pelas 23:35, tendo o operador accionado os meios, mas, dado que passados 15 minutos ainda não tinham chegado, um médico amigo da família insistiu, contactando directamente o CODU que reafirmou a activação de meios.

Os bombeiros de Almeirim, estranhando a situação contactaram directamente o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém que se apercebeu do erro e acionou os meios de Samora Correia em substituição dos provenientes de Almeirim que assim regressaram ao quartel.

No entanto, com uma corporação a 400 metros, este atraso parecia absurdo pelo que foram contactados os bombeiros locais, que desconheciam o sucedido mas enviou prontamente meios de socorro a que se juntou uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) que não conseguiram evitar que a vítima, em paragem cardiorrespiratória e coberta com o sangue que foi saindo do pescoço morresse.

Lamentavelmente, também esta VMER, baseada em Vila Franca de Xira, não chegou a tempo, pois ia a caminho de outra emergência em Glória do Ribatejo e a VMER estacionada em Santarém não foi activada.

A VMER de Vila Franca só após terminar a missão inicialmente atribuida é que pode acorrer à nova chamada, pelo que demorou perto de 40 minutos a chegar, comparecendo no local perto das 00:15, após o pedido dos bombeiros de Samora Correia ao CODU.

Na verdade, a VMER de Vila Franca foi acorrer a um local mais perto da de Santarém, que deveria ter sido mobilizada para este caso, acabando por percorrer uma distância superior a 40 quilómetros no distrito de Santarém, após o que demorou mais um quarto de hora a chegar a Samora Correia.

Em contrapartida, a VMER de Santarém permaneceu toda a noite no hospital onde está sedeada, não obstante ser a que estava mais próximo da ocorrência em Glória do Ribatejo, cabendo à VMER de Vila Franca desempenhar ambas as missões.

sexta-feira, março 07, 2008

Flock: um "browser" alternativo


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Écran de navegação do Flock

O Flock é um "browser" construido sobre a mesma base do antigo Netscape e que inclui uma vertente específica para ligação a redes sociais como a Facebook.

Este "browser" implementa um conjunto de funções muito semelhantes aos de produtos mais conhecidos, mas existe um especial enfase na implementação de uma maior interacção com plataformas como o Flickr, o Facebook ou o YouTube, muito utilizadas nos dias de hoje e suporte de diversas comunidades virtuais.

Assim, o Flock dá uma especial importância à vertente multimédia, cada vez mais popular, bem à utilização de conteúdos dentro do próprio "browser", integrando assim o que tende a estar disperso por várias apliações.


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Écran de composição de mensagem do Flock

Opções como a leitura de "feeds" RSS, a composição de mensagens de correio com conteúdos multimédia, a interacção directa com "blogs" ou a leitura de "streems", estão prontamente disponíveis e ao alcance de qualquer utilizador, mesmo que pouco experiente.

A versão defenitiva disponível é a 1.0, mas uma "beta" 1.1 já pode ser descarregada, sendo que este "browser" pode ser usado em sistemas Windows, Linux ou Macintosh.

Tal como o Firefox ou o Safari, o Flock é uma alternativa ao Internet Explorer, com capacidades semelhantes às da concorrência, incluindo algumas características interessantes, mas que terá um menor suporte por parte de quem desenvolve "sites", do que podem resultar alguns problemas de navegação.

Para quem use muitos conteúdos multimédia e pertença a diversas comunidades virtuais, o Flock pode ser uma alternativa interessante com "browser" complementar de um dos "standards" do mercado.

5ª Missão Humanitária Guiné-Bissau de 13 Abril a 06 Maio


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Land Rover's em África

Entre os dias 13 Abril e 06 Maio vai-se realizar a 17ª Expedição TTT promovida pela Fundação AMI (Núcleo de Tomar) e Turma Todo Terreno, que se deslocará à Guiné-Bissau na sua 5ª Missão Humanitária.

O objectivo é de dar assistência a populações carenciadas, promovendo acções na área da saúde, educação e alimentação, incluindo a entrega de medicamentos, suplementos alimentares, material escolar e brinquedos.

Para esta iniciativa a organização conta obter a participação de 7 veículos todo o terreno com entre dois a três tripulantes cada, sendo dado preferência a profissionais na área da saúde, mecânica auto, informática e ensino, que se deverão candidatar com a brevidade possível, manifestando o seu até ao dia 10 de Março.

O percurso previsto tem uma extensão de mais de 7.000 quilómetros e atravessa alguns países africanos politicamente instáveis, nalguns casos com a existência de movimentos de guerrilha, pelo que, apesar de a organização adoptar todas as medidas de segurança possíveis, existe sempre um factor de risco.

Caso não haja condições de segurança adequadas ou o número de veículos for inferior a 7, a missão terminará em Nouadhibou, com a segunda ajuda à ONG – Terre d’Echange.

Para mais detalhes, aconselhamos visitar o Fórum TT ou contactar a organização por email para lima.ami.tmr@gmail.com ou turmatodoterreno@sapo.pt ou a Leonor Lima através do telemóvel 917 385 317, que prestarão os esclarecimentos necessários.

Esta iniciativa interessará, certamente, aos adeptos do todo o terreno que sentem uma especial vocação para iniciativas de carácter humanitário, mas a sua extensão e as circunstâncias em que decorre deverá obrigar a uma avaliação ponderada antes de qualquer decisão.

quinta-feira, março 06, 2008

Marketing agressivo na Internet


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Marketing agressivo na Internet

Entre os perigos desta nova sociedade da informação inclui-se a publicidade e os mais vulneráveis são as crianças, que facilmente serão aliciadas por falsas promessas associadas a produtos ou serviços disponibilizados com a maior das facilidades na Internet.

Obviamente não serão só os mais jovens a estar em perigo, mas o tipo de ameaça que enfrentam os mais idosos, seja por questões culturais, seja pelo tipo de recursos a que têm acesso, assumem características muito diferentes e tendem a centrar-se no convencimento por parte de burlões profissionais.

Contra estes perigos, que é impossível individualizar tal a sua variedade e a imaginação de quem concebe estas autênticas armadilhas, apenas existe como defesa o acompanhamento familiar e a educação.

Existem, obviamente, um conjunto de programas que avaliam o conteúdo dos "sites", que testam as mensagens, que identificam endereços já conhecidos por serem perigosos ou, inclusivé, que possuem sofisticados métodos de análise e de implementação de inteligência artificial, mas, em última instância, serão sempre os utilizadores a terem que se defender através dos conhecimentos previamente adquiridos.

Sabendo-se que os país têm pouco tempo e, muitas vezes, conhecimentos insuficientes para acompanhar os filhos, têm vindo a ser promovidas acções de formação para alertar os mais novos contras os perigos que surgem das mensagens publicitárias, uma vertente ainda pouco analisada pelos especialistas, mas cada vez mais presente e perigosa, sobretudo quando associada a "sites" que inspiram alguma confiança.

Estas iniciativas, em conjunto com as promovidas pela Polícia Judiciária e pelas associações de defesa de menores, são um primeiro passo, mas será necessário, sobretudo, implementar meios a nível da rede, de modo a que endereços suspeitos sejam bloqueados de imediato para quem susbscrever um serviço "on-line" de vigilância, usando um sistema de denúncias algo semelhante ao utilizado no combate contra o "spam", que assinala imediatamente os endereços de onde provêm ou mencionados nos ataques e impede o seu acesso.

Um sistema deste tipo, cuja tecnologia já existe, não é demasiadamente difícil de implementar e pode conferir uma última linha de defesa contra um tipo de ataque insidioso, de aspecto inocente, mas extremamente perigoso.

No entanto, é sobretudo a educação e o acompanhamento, que tem que ser suportado por um trabalho eficaz das autoridades competentes, a única defesa permanente contra um marketing cada vez mais agressivo, e muitas vezes enganador, com que todos nos deparamos sempre que acedemos à Internet e vemos as páginas sobrecarregadas por publicidade que redirecionam o utilizador para "sites" onde os esperam verdadeiras armadilhas.

Incêndio na Mata da Penha Longa já foi extinto


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Incêndio em Portugal

Demorou cerca de duas horas a circunscrever o incêndio florestal que deflagrou perto das 10:00 junto da barragem do rio da Mula, no Parque Natural Sintra-Cascais.

O fogo foi dado como circunscrito às 11:56 e como extinto às 13:45, após ter sido combatido por um total de 227 bombeiros, apoiados por 69 veículos, provenientes das corporações de bombeiros de Sintra, São Pedro de Sintra, Cascais, Carnaxide, Linda-a-Pastora e Queluz

A Autoridade Nacional de Protecção Civil chegou a mobilizar um helicóptero que, quando chegou ao local, já não necessitou de intervir dado que as chamas já estavam controladas.

A rápida intervenção dos bombeiros impediu que o fogo, que começou na Mata da Penha Longa passasse para a serra de Sintra, localizada a norte, e atingisse as importantes áreas protegidas do Parque, onde o combate às chamas seria difícil.

Esta ocorrência praticamente não teve consequências, mas deve lembrar a todos que os incêndios são uma realidade ao longo de todo o ano e que não se pode adiar até à chegada dos meses de calor para implementar medidas de combate aos fogos, altura em que todos o dispositivo deve estar no terreno, devidamente preparado e treinado.

Durante os meses de Inverno, quando as tarefas de prevenção deviam ter prioridade, a problemática dos incêndios florestais tende a ser esquecida por todos, desde os governantes, pressionados por assuntos mais mediáticos, até às populações, passando pelos proprietários dos terrenos rurais, muitos dos quais adiam a implementação de medidas que protejam os seus próprios haveres.

Esquecer um dos maiores problemas nacionais quando fora dos média, é típico em Portugal e demonstrativo de uma forma de fazer política em função das aparências, esquecendo a importância de um sector económico essencial e que tem sido responsável por um significativo volume das nossas exportações, razão que, só por sí, devia justificar uma especial atenção por parte de responsáveis políticos e agentes económicos.

quarta-feira, março 05, 2008

Jooce: um ambiente de trabalho portável


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Écran personalizado do Jooce

Para quem não tem um computador fixo, como quem recorre aos "cyber cafés" para aceder à Internet, torna-se difícil manter um "desktop" personalizado, onde todos os recursos necessários possam ser facilmente encontrados.

O desktop "online" Jooce vem responder a este problema, permitindo a cada utilizador guardar num servidor central o "layout" ou a composição do seu écran, incluindo utilitários, atalhos ou ferramentas de produtividade, como um sistema de correio eletrónico ou de mensagens instantâneas.

Esta plataforma tem vindo a merecer uma crescente aceitação por parte dos utilizadores, com mais de 50.000 inscrições só na primeira semana, esperando os três investigadores europeus que desenvolveram esta solução, que venha a ser um padrão para quem acede à Internet sem computador próprio.

Das experiências que efectuamos, podemos concluir que o Jooce é fácil de utilizar, suficientemente rápido em máquinas de gama média, desde que o acesso à Internet seja rápido, e tem um "interface" visualmente agradável.

Esta é uma solução interessante e uma alternativa a outras plataformas, mas continuamos a considerar que existem outras plataformas gratuitas, como o conjunto aplicacional fornecido pelo Google, que continua a ser o mais completo e o que melhor corresponde às nossas necessidades.

Biopolímeros: um meio essencial na emergência médica


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Aplicação de Traumadex numa ferida

Os recentes crimes ocorridos sobretudo nas áreas urbanas de Lisboa e do Porto, dos quais resultaram vítimas com feridas perfurantes, resultantes de projécteis ou facadas que provocaram hemorragias incontroláveis, levam-nos a recordar a existência de productos inovadores especialmente vocacionados para este tipo de ferimento.

Concebidos para situações de emergência médica e de uso restrito a unidades especializadas dos serviços de urgência ou da polícia, os bio-polímeros são um composto destinado a controlar hemorragias maciças resultantes de traumas violentos e profundos, como os resultantes de uma bala.


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O Traumadex é pressionado sobre a ferida

Este tipo de substância destina-se a selar o ferimento, quase agindo como uma espécie de "cola biológica", evitando a perda de sangue e diminuindo o risco de infecção de uma ferida aberta, mas a sua utilização, por poder ter efeitos no tratamento posterior, com necessidade de reabertura do ferimento, obriga a um treino e formação especializados.

Queremos recordar o texto que publicamos sobre o "Traumadex", onde um dos productos concretos existentes nesta área foi abordado, lembrando que existem um conjunto de meios que podem salvar vidas se disponibilizados junto das equipas de emergência e que os seus resultados práticos bem justificam o investimento a efectuar em termos de material e de formação.

terça-feira, março 04, 2008

Fixação em poliuretano para "hi lift"


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Fixação em poliuretano para "hi lift"

A presença de um "hi lift" no interior de um Land Rover Serie ou Defender é algo comum, existindo para o fixar diversos acessórios, alguns dos quais já mencionamos no passado.

No entanto, para evitar que o "hi lift" se abra e o manter com a alavanca permanentemente encostada ao corpo, os suportes fixos na carroçaria podem não ser suficientes, pelo que será de equacionar adquirir uma peça adicional que o mantenha na posição pretendida.

Esta peça de fixação em poliuretano pode ser adquirida na Ebay inglês por um valor que ronda as 2 libras mais portes e é uma alternativa barata e resistente, que permite ser usada por muitas vezes sem detrioração.

Para quem ainda não tenha uma peça para estas funções, sugerimos este modelo, disponível em laranja e amarelo, que pode ser encontrado no EBay e será um presente interessante para os adeptos do todo o terreno.

Enviamos ao MAI documentação sobre geo-localização


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Seguimento de veículo via terminal GSM

Numa altura em que a criminalidade violenta parece aumentar, criando um sentimento de insegurança e de impunidade junto das populações, enviamos ao Ministério da Administração Interna (MAI) alguma da informação relativa a sistemas de seguimento e alarme que temos recolhido ao longo dos últimos anos.

Entre as informações disponibilizadas, enviamos dados sobre alguns dos equipamentos que aqui analisamos, bem como as possibilidades de utilização em diferentes circunstâncias e as implicações que a sua utilização podem ter em termos de prémios de seguro e na forma como o socorro às vítimas pode ser organizado.

A importancia da geolocalização no socorro, bem como na localização de vítimas ou no próprio auxílio a prestar às forças policiais não pode ser descurada, não obstante continuar-se a verificar um certo alheamento por parte das entidades competentes, que parecem pouco sensibilizadas para a utilização de novas tecnologias.

Seja na detecção automatica de acidentes, através da ligação a um sensor de "airbag", seja para localizar um veículo ou pessoa, os sistemas de seguimento e alarme podem dar um contributo importante para a segurança de todos, sendo que o seu actual custo, na ordem das duas centenas de euros, justifica bem a sua aquisição.

Todas estas informações e a sensibilização para o recurso a novas tecnologias, de forma semelhante ao programa "Táxi Seguro" do próprio MAI foram enviadas, como contributo para que sejam implementadas medidas e sugeridas recomendações que contribuam para uma maior segurança das populações.

segunda-feira, março 03, 2008

Contributo para uma nova fórmula de cálculo


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Imagem de satélite do Norte de Portugal

Num texto anterior mencionamos algumas das possíveis razões pelas quais se poderá concluir no sentido de um possível sucesso ou fracasso no combate aos fogos florestais deste ano, mencionando várias das variáveis que poderão confirmar ou desmentir esta impressão.

A utilização de área ardidas brutas como critério de avaliação, tal como usada até hoje, torna-se algo absurda, dado não reflectir minimamente muitas das razões pelas quais, em grande parte, existe uma oscilação algo inexplicável de ano para ano.

O uso de um valor ponderado, substituindo a área ardida bruta pela percentagem perdida, corresponde a uma primeira aproximação, evitando situações absurdas que derivam da cada vez menor extensão da floresta portuguesa.

Basta imaginar que, com perdas a este ritmo e tendo em conta o actual esforço reflorestação, dentro de algumas décadas não existiria floresta, a área ardida cairia para zero e, obviamente, o combate teria sido um sucesso.

Também o investimento em meios deverá ser considerado na avaliação em termos da eficiência no combate, pois um aumento irracional e despesista poderá ser a tentação de um populismo fácil, que faz equivaler o empenho político às verbas dispendidas, independentemente do valor real dos meios contratados ou adquiridos.

Caso o valor do investimento comece a aproximar-se ou ultrapassar o dos bens cuja destruição é evitada, logicamente, tal corresponde a uma perda, mesmo que em termos estatísticos aparente ser um ganho.

Por outro lado, tendo em conta as alterações climáticas, não será de excluir uma cada vez maior dificuldade em enfrentar as altas temperaturas que tendem a verificar-se, o que constitui, como se demonstra pelas incidências nestes dias de maior calor, um dos factores mais decisivos.

A própria avaliação do número de incidências, normalmente sobrevalorizada, e a da área ardida, que ao invés tende muitas vezes a ser diminuida, terão de ser apreciados à luz de critérios mais objectivos, recorrendo, por exemplo, ao cada vez mais completo sistema de satélites, os quais permitem novos níveis de rigor.

Assim, numa nova fórmula que, sendo ainda algo simplista entra em conta com factores tão importantes como os já mencionados, serão equacionadas as seguintes variáveis:

Área florestal existente, preferencialmente excluindo mato e áreas sem valor comercial, muitas das quais podem beneficiar devido aos incêndios.

Meios disponíveis, concretamente no respeitante aos efectivos humanos, embora seja possível atribuir um aumento numérico em função dos meios materiais.

Dias de risco elevado ou muito elevado, conforme é estabelecido pelo Instituto de Meteorologia, dado que são de importância decisiva no número de ignições, podendo estabelecer-se uma regra que dê maior peso quando se verifiquem diversos dias em que as condições sejam propícias à propagação de fogos.

Dias de risco baixo a muito baixo, segundo critério semelhante ao anteriormente proposto para os de risco elevado ou muito elevado, mas de sinal contrário, dado que permitem descansar o dispositivo, efectuar reparações e preparar com calma os próximos dias de combate.

Área ardida, segundo os critérios actuais, mas sendo vantajoso considerar apenas a floresta e não mato sem valor comercial.

Será com base nestas e noutras permissas que poderemos equacionar, de forma mais concreta, se houve um sucesso ou um fracasso na campanha de um determinado ano, evitando uma visão demasiadamente simplista cujos resultados todos conhecemos.

domingo, março 02, 2008

Voluntariado e democracia - 2ª parte


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Formatura dos B. Voluntários de Caneças

A adesão a um projecto de voluntariado, com excepção de uma situação em que este esteja na origem, implica quer a integração numa estrutura, quer a aceitação de um conjunto de regras, disposições e procedimentos aos quais está associado uma hierarquia.

Tendo em conta a adesão resulta da liberdade individual do voluntário, a mesma não é coartada pela obrigatoriedade da aceitação deste conjunto de pressupostos, mesmo que numa primeira vista possam parecer uma imposição ou uma contradição relativamente aos direitos de quem tomou uma opção livre.

Efectivamente, a liberdade está na decisão de adesão, não na posterior aceitação ou recusa de um compromisso assumido, seja em termos hierárquicos, seja funcionais, do que resultaria um clima de indisciplina generalizado.

A questão da chefia ou liderança pode parecer fútil, inclusivé pode levar a confundir uma com a outra, mas o pressuposto de que derivam de uma legitimidade diferente

A chefia é legitimada de forma institucional, ou seja, através da nomeação de um determinado indivíduo para um cargo

Para além da organização a nível de estrutura directiva e de meios, a importância de uma liderança competente, credível, eficiente e aceite é determinante para o bom funcionamento e para o cumprimento de missões.

A escolha de uma liderança é determinada pelos processos, que se baseiam em regras pré-determinadas onde pode haver um sistema mais ou menos participativo, e por critérios de selecção, que impõe regras individuais que abream a possibilidade de uma nomeação, sempre no pressuposto de que nenhuma liderança, em termos operacionais, obedece às regras democráticas.

A identificação de novos líderes será sempre tarefa difícil, dada a impossibilidade de desenhar uma fórmula ou receita que promova o seu aparecimento, mas podem-se estipular critérios a vários níveis que facilitem o processo de selecção.

Entre estes, são comummente aceites, e muitas vezes legislados, critérios que vão desde as habilitações literárias à experiência profissional, passando pelo desempenho de funções subalternas na mesma área de actividade, mas factores a nível de avaliação psicológica, motivacional ou relacional, às vezes mais determinantes, são esquecidos ou ignorados.