sábado, julho 07, 2007

Incêndio no Vale do Guadiana destrui 500 hectares


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Incêndio na Peneda-Gerês em 2006

Do incêndio que se iniciou na passada quinta-feira no Parque Natural do Vale do Guadiana (PNVG) resultou a destruição de perto de 500 hectares de área florestal composta por azinheiras, pinheiros bravos e vegetação ribeirinha.

Entre as áreas destruidas, estão vários "habitats" incluídos na rede Natura 2000, incluindo locais de refúgio para espécies como o gato bravo e o toirão, um pequeno predador carnívoro da família do furão e que se encontra em vias de extinção.

Lembramos que no ano passado um incêndio já destruira outros 400 hectares deste mesmo parque, devastando zonas de protecção máxima, incluindo uma das quatro áreas mais importantes do PNVG.

Para além de áreas do PNVG, foram atingidas duas reservas de caça do concelho de Mértola, uma municipal e outra associativa, pondo em pergo uma actividade de extrema importância económica para a região.

Nas zonas cinegéticas atingidas poderão ter sido destruidas as novas criações de espécies como a lebre, o coelho ou a perdiz, comprometendo assim gerações futuras e a sustentabilidade desta actividade.

Para além das perdas em termos de recursos naturais, existe um óbvio efeito na economia da região, facto indissociável da devastação causada pelos incêndios e cuja contabilização nunca é feita de forma correcta, projectando os prejuizos nos anos em que estes se irão repercutir.

A destruição causada no concelho de Mértola tem um conjunto de efeitos colaterais no turismo, nos serviços, no pequeno comércio e em tantas outras vertentes que só uma análise aprofundada conseguirá determinar, mas tem um outro impacto, a nível da vivência das populações, muitas vezes envelhecidas, que não é possivel quantificar.

A problemática dos incêndios tende a ser analisada de forma parcial, separando os danos ou prejuizos directos ou indirectos do efeito devastador que causa nas populações afectadas, as quais acabam por ficar deprimidas perante a devastação causada na terra e na paisagem que sempre conheceram e que nunca irão rever no seu aspecto original após os fogos.

Este impacto, a que acresce o risco assumido pelos bombeiros e por quantos combatem as chamas, mas também os que são afectados por alterações na orografia de que resultam aluimentos, inundações, desprendimentos de terras e todo um conjunto de fenómenos que, passados meses ou anos, continuam a provocar vítimas, acaba por ser afastado das estatísticas onde apenas constam dados facilmente mesuráveis os quais, por vezes, escondem grande parte da tragédia resultante dos incêndios.

sexta-feira, julho 06, 2007

Fotos de crianças desaparecidas actualizadas na Visão


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Capa da revista Visão

O último número da revista Visão inclui um conjunto de seis fotos de crianças desaparecidas em Portugal nos últimos anos, actualizadas por especialistas ingleses da Missing People.

Já nos debruçamos sobre a necessidade de, periodicamente e conforme o crescimento dos desaparecidos, se proceder à actualização das fotos que constam do "site" da Polícia Judiciária (PJ), as quais se mantêm inalteradas indefenidamente e independentemente do prazo decorrido após o desaparecimento.

Na altura, recorrendo a um sistema gratuito e disponível "on-line" actualizamos a foto de uma criança desaparecida à anos, o Rui Pedro, e interrogavamo-nos sobre as razões pelas quais a PJ não procedia a actualizações periódicas.

Em resposta à Visão, a PJ alegou que, sendo impossível prever com rigor as feições de uma dada pessoa, sobretudo se desaparecidas muito jovens, tal poderá induzir em erro e carece do necessário rigor científico.

Esta ideia da PJ, com a qual discordamos manifestamente, consubstancia a ideia de que é melhor deixar uma foto manifestamente desactualizada do que, junto com esta, que não deve ser retirada do "site", colocar uma ou mesmo várias fotos manipuladas através de programas que são usados internacionalmente com sucesso e que deverão ser analisadas por especialistas no sentido de, comparativamente, avaliar do seu rigor.

Estamos cientes de que qualquer actualização de uma foto de modo a reproduzir uma pessoa após o passar de anos incorre em erros ou imprecisões e, consequentemente, poderá não representá-la da melhor forma, mas também estamos certos de que as que estão no "site" da PJ em nada têm a ver com a realidade actual.

Deixar no "site" apenas as fotos referentes à data do desaparecimento, é, na nossa opinião, uma má opção em termos operacionais e, para além disso, envia uma mensagem de desistência que será entendida por eventuais criminosos com alívio e pelas famílias e amigos da vítima com o pesar e a dor que resulta da perda de esperança.

Primeiros grandes incêndios do ano no Alentejo


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Um incêndio no Verão de 2006

Mais de uma centena de bombeiros apoiados por 38 veículos e máquinas de rasto combatiam um incêndio florestal ainda não circunscrito em Mértola.

O incêndio deflagrou cerca das 16:30 na freguesia de Fernandes, numa zona de mato e floresta, e chegou a ter duas frentes,uma das quais lavra numa zona sem acesso a veículos, o que dificulta o combate.

Para auxiliar no combate foi enviados um grupo de reforço do distrito de Beja e outro de Faro e uma equipa de fogos tácticos de supressão.

Espera-se que com o auxílio dos reforços e a descida de temperatura, a frente ainda não circunscrita venha a ser controlada durante a noite.

Ainda ontem, outro incêndio devastou cerca de 50 hectares no concelho da Vidigueira, nos quais está incluida uma área da Reserva Ecológica Nacional e uma zona considerada Rede de Protecção Ambiental de Áreas de Montado de Sobro e Azinho.

Tal como nos casos que referimos anteriormente, o número de incidências a atingir áreas classificadas parece aumentar, sendo que o aumento de temperaturas que se fazem sentir no Sul do País poderão estar na origem dos incêndios de hoje, facto distinto dos ocorridos na Marinha Grande e que se deveram a mão criminosa.

A falta de verbas de diversas entidades, como o Instituto de Conservação da Natureza (ICN), bem como opções erradas em termos de prevenção, acabaram por aumentar a vulnerabilidade de muitas áreas de interesse estratégico, sendo disto exemplo o sucedido no Parque Nacional da Peneda Gerês no ano passado.

Sendo a opção do ICN afastar visitantes e não promover o aumento do turismo nas áreas que tutela, verifica-se que estas zonas perdem sustentabilidade financeira e, devido a uma cada vez maior desertificação, tornam-se sucessivamente mais vulneráveis aos incêndios.

Sem cair em exageros, a opção pelo turismo rural e pelo envolvimento da sociedade civil é, a nosso ver, o caminho a seguir para evitar que um desinteresse generalizado a nível público e privado provoque danos irremediáveis num património que, de tão esquecido, já não é de ninguém.

quinta-feira, julho 05, 2007

K-9: Segurança "on-line"


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K9: Segurança "on-line"

Já abordamos a questão da segurança "on-line", mas queremos dar um contributo concreto sugerindo um "software" gratuito que permite controlar a navegação na Internet.

O K-9 Web Protection da Blue Coat Systems permite bloquear o acesso a um conjunto de "sites" ou de conteúdos, com opções configuradas pelo utilizador e que restringirão aquilo a que é possível aceder ou visualizar, tendo ainda possibilidade de controlar as horas ou horários de navegação, evitando excessos.

Para além de filtrar palavras ou termos, o K9 inclui diversos sistemas de detecção e controle capazes de se aperceber se um dado "site" dissimula no seu interior conteúdos inapropriados descritos de forma errónea com a qual visa enganar os sistemas de filtragem.

Sistemas como o AOL ou o MSN são monitorizados e o K9 tem um sistema de actualização automático que o actualiza com dados relativos a novos "sites" cujo conteúdo deve ser evitado.

Sendo gratuito, este é um programa que aconselhamos os nossos leitores que tenham menores a cargo a experimentar, não esquecendo que só um acompanhamento directo e pessoal pode evitar a maioria dos perigos para os mais jovens que navegam na Internet.

Incêndio na Arrábida já foi extinto


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Um helicóptero no combate aos incêndios

Um incêndio que começou ao princípio da tarde em São Pedro de Alcube, na Serra da Arrábida, distrito de Setúbal foi dado como circunscrito pelas 17:22, depois de atingir zonas incluidas no Parque Natural.

Este fogo foi combatido por cerca de uma centena de bombeiros, apoiados por 26 veículos e 2 helicópteros, e nunca chegou a por em risco qualquer habitação, mesmo antes de circunscrito.

Apesar de ter lavrado a poucas centenas de metros da Estrada Nacional 10, que liga Setúbal a Azeitão, a zona atingida era de difícil acesso e o combate foi dificultado pelo vento forte que se fazia sentir.

Este foi o terceiro incêndio em áreas nacionais ou protegidas ocorrido em poucos dias, sendo que já foi apeurado pela Polícia Judiciária que as ocorrências verificadas nas Matas Nacionais do distrito de Leiria tiveram origem criminosa.

Apesar das temperaturas terem subido, estamos longe de uma conjuntura particularmente propícia à propagação de incêndios, dificultada pelas chuvas que ocorreram recentemente, pelo que as causas dos fogos que se verificam nestas circunstâncias merece uma investigação particularmente cuidadosa.

Apesar de haver um perfil do incendiário que actua em Portugal, pouco se avançou para além da recolha de dados estatísticos que levaram à sua caracterização, faltando implementar um conjunto de medidas preventivas, nomeadamente na comunicação social, dado que, em muitos casos, estamos perante patologias mentais identificáveis e noutras perante atitudes indiciadores de comportamentos de risco.

Há, obviamente, um conjunto vasto de situações onde a imprevisibilidade impera, impossibilitando medidas restritivas, mas uma análise mais profunda dos comportamentos de quem tem vindo a incendiar as florestas é imperativo e poderá reduzir o número de incidências, protegendo populações e bens materiais, bem como aqueles que são chamados a combater as chamas.

quarta-feira, julho 04, 2007

Uma moto-bomba com reservatório custa 8.000 euros?


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Uma bomba de água a gasolina

Para além de um atraso na distribuição, o valor dos "kits" que o Governo pretende distribuir a um milhar de freguesias para defesa contra incêndios tem um valor exagerado quando comparado com aquisições efectuadas por algumas autarquias.

Estes "kits", a serem distribuidos pelo Ministério da Administração Interna e pelo Ministério da Agricultura, incluem uma moto-bomba, um tanque de 400 litros e ferramentas de sapador, tendo sido orçamentados em perto de 8.000 euros por unidade.

Para o presidente da Câmara Municipal de Mação, cuja autarquia adquiriu para cada freguesia um "kit" semelhante, com moto-bomba, depósito de 600 litros e 60 metros de mangueira com sistema de enrolamento por 1.250 euros, o valor atribuido pelo Governo a cada um dos conjuntos de material é um exagero.

Efectivamente, se o Governo prevê cerca de 8.000.000 de euros para equipar 1.000 freguesias, temos um valor de 8.000 euros para cada "kit", algo que nos parece, obviamente, absurdo, bastando consultar os preços de uma loja de ferramentas para chegar a esta conclusão.

Fazendo as contas, salvaguardando pequenas diferenças que podem derivar da capacidade do reservatório e da inclusão ou não de ferramentas manuais, o "kit" distribuido pelo Governo será mais de seis vezes mais dispendioso do que o adquirido pela Câmara de Mação.

Mas para além do valor individual, que parece incompatível com os meios adquiridos, seria expectável que, devido ao volume da aquisição, houvesse alguma economia de escala resultante da capacidade de negociação que uma aquisição deste volume proporciona.

Tal como o espera Saldanha Rocha, presidente da câmara de Mação quando declara que "esta questão devia ser analisada com mais profundidade", também nós esperamos que os responsáveis por esta iniciativa expliquem as razões pelas quais o valor dos "kits" são muito mais elevados do que adquirindo os seus componentes individualmente no mercado.

As aquisições para o combate aos incêndios têm sido pautadas por demasiados incidentes, muitas vezes atribuidos a questões de ordem técnica derivado da sofisticação dos meios a adquirir ou contratar, mas, neste caso, dado o tipo de material envolvido, torna-se difícil de justificar os valores apresentados, razão pela qual se exige um esclarecimento cabal da situação.

Eurocopter AS 350 B3 para montar


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Eurocopter AS 350 B3 da Heller

A Heller, uma marca de miniaturas com largos anos de história, disponibilizou um modelo à escala 1/48 do Eurocopter AS 350 B3, semelhante ao adoptado pela Protecção Civil portuguesa.

A miniatura tem 260 mm de comprimento, 214 de largura e 68 de altura, valores que em muito se devem à dimensão do rotor, e é composta por um total de 38 peças, necessitando de tintas e cola para ser devidamente finalizada.

Os modelos da Heller são de montagem fácil e oferecem um bom nível de detalhes, sendo a maior dificuldade a decoração de forma a replicar os AS 350 B3 que se encontram ao serviço em Portugal.

Esta é uma sugestão para as férias ou para os momentos de lazer, sendo que o modelo concluido é um elemento decorativo interessante para quantos se interessam por helicópteros ou pelas actividades de combate aos incêndios.

terça-feira, julho 03, 2007

Polls e podcast no Blogger


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Écran de formatação de "polls"

Depois de permitir o alojamento de vídeos, a nova versão do Blogger suporta agora sondagens ou "polls" e "podcasting", complementando assim algumas das funções anteriores e atingindo um novo nível de interactividade.

Desta forma, após fazer o "upload" de um vídeo para o "Blog", este pode ser visto através de sistemas como o "Flash Player" ou um dos vários programas de "podcast" disponíveis.

O "download" de vídeos é em formato MP4, compatível com o iPod e, espera-se, com o novo iPhone, bem como diversos outros dispositivos, esperando-se que, com o desenvolver das funções, novas possibilidades sejam adicionadas.

Sugerimos a quem tenha blogs alojados no Blogger a visita ao Draft e que experimente estas novas possibilidades que vão permitir uma maior interactividade com os leitores

Novo incêndio nas Matas Nacionais


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Um Canadair numa frente de incêndio

No dia seguinte ao incêndio em S. Pedro de Moel, verificou-se uma nova ocorrência na mesma zona, nas Matas Nacionais em Portela, no concelho da Marinha Grande, distrito de Leiria.

Este incêndio foi detectado pelas 11:30, tendo sido combatido por 79 bombeiros de nove corporações com o apoio de 21 viaturas, um helicóptero e dois aviões.

Este incêndio foi circunscrito cerca de uma hora após o alerta e ocorreu fora da área afectada na véspera, o que, numa análise inicial, afasta a hipótese de um reacendimento.

Ficaram na zona três equipas de bombeiros em prevenção, de modo a evitar que se verifiquem reacendimentos, sobretudo por se esperar uma subida de temperatura durante o dia de hoje.

O Instituto de Meteorologia (IM) prevê mais um aumento da temperatura para o dia de hoje, resultando num risco de incêndio muito elevado nos concelhos do Algarve, para onde se esperam temperaturas máximas de 30 graus.

Durante a "Fase Bravo", a área ardida foi a menor dos últimos anos, tendo para o facto contribuido as baixas temperaturas e a chuva que se verificou em muitos pontos do País, mas com a chegada do mês de Julho, a situação poderá começar a mudar, não obstante ser menos favorável à propagação de incêndios do que em Verões anteriores.

Continuamos a assistir a níveis de alerta que derivam em demasiado da previsão das condições meteorológicas e têm em menor linha de conta um conjunto de informações complementares que acabam por ser determinantes, nas quais podemos incluir efeitos resultantes da evolução meteorológica dos últimos meses, descontinuidades ou outros obstáculos, naturais ou artificiais, que possam deter o avanço das chamas.

Uma carta de risco mais interactiva, na qual os elementos destacados no terreno pudessem introduzir dados e informações que só eles podem avaliar, poderá dar uma ideia mais correcta dos perigos existentes em cada momento e da forma como será mais adequado enfrentá-los.

As actuais tecnologias a nível de cartografia digital aliadas à cada vez maior velocidade de comunicação pode e deve ser utilizada como instrumento de planeamento, visando distribuir meios, pré posicionando-os nas zonas de maior risco potencial e dando aos centros de comando instrumentos de apoio à decisão actualizados em tempo quase real.

Mais do que uma longa listagem de meios, cuja necessidade não questionamos, uma táctica pró-activa baseada em informações mais rigorosas resultará numa maior eficiência, em menores riscos e numa maior racionalização, essencial para que exista disponibilidade financeira para os necessários investimentos a longo prazo a nível de ordenamento e de prevenção.

segunda-feira, julho 02, 2007

Incêndio nas matas nacionais de São Pedro de Moel


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Incêndio florestal no Verão de 2006

Cerca de uma centena de bombeiros, apoiados por 26 viaturas e um helicóptero, combateu um incêndio que que começou perto das 16:30 nas matas nacionais de São Pedro de Moel, no distrito de Leiria.

Este incêndio, o primeiro a ocorrer depois do início a "Fase Charlie", ficou circunscrito depois do anoitecer, permanecendo no local 138 bombeiros e 40 viaturas empenhados em tarefas de rescaldo.

Numa dia em que a temperatura ficou francamente abaixo da média para esta época do ano, este foi o único incêndio de que temos registo, sendo, no entanto, de lembrar o facto de ter ocorrido numa mata nacional, que deveria beneficiar de maiores cuidados em termos de prevenção e de ordenamento.

Durante o ano passado, apesar da diminuição na área ardida, a percentagem de destruição verificada em zonas da responsabilidade de organismos do Estado aumentou, facto que deve ser devidamente analisado e pode revelar que o trabalho de prevenção exigido aos privados não é acompanhado por quem vela pelos espaços públicos.

Kits para as freguesias ainda não foram entregues


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Um habitante numa aldeia cercada de chamas

No início da "Fase Charlie" estava previsto que um milhar de freguesias dispusessem de um "kit" que permitisse aos residentes uma primeira defesa em caso de incêndio.

Estes "kits", compostos por uma moto-bomba, reservatório de água e diversos tipos de ferramentas de sapador, ainda não foram entregues devido, segundo justificação oficial, a atrasos na elaboração do regulamento, o qual só deve ser publicado durante a próxima semana.

Este regulamento resulta de um protocolo assinado no passado dia 19 de Junho entre a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), a Direcção-Geral das Autarquias Locais, o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas e o Direcção-Geral dos Recursos Florestais, para o qual existem verbas na ordem dos 8.000.000 de euros.

Já várias freguesias tinham, em anos anteriores, improvisado alguns meios de combate, sendo que, durante muitos anos, o combate aos incêndios em muitas áreas do Interior era feito inicialmente pelas populações, com ferramentas de sapador, sendo depois reforçadas pelos bombeiros.

Com a desertificação, o envelhecimento das populações e o abandono de muitos terrenos agrícolas, os quais perderam grande parte do seu valor económico, a eficácia deste primeiro combate perdeu-se em grande parte, sendo agora feita uma tentativa de o revitalizar de forma mais organizada, dotando as freguesias de um conjunto de meios para o fazer.

Surge, no entanto, um problema grave na execução deste plano dado que em muitas aldeias já restam poucos habitantes capazes de enfrentar as chamas sem correr um risco desproporcionado face ao resultado que pode ser alcançado, devendo ser devidamente equacionado se ao dotar as populações com este tipo de equipamento não se estará a colocar uma exigência que não pode ser respondida dentro da prudência que se impõe.

Desconhecemos quais os critérios que determinaram a distribuição destes "kits", mas cremos que estes apenas devem ser fornecidos a freguesias que possuam o número suficiente de habitantes com a capacidade de os operar com um mínimo de riscos, sem o que poderemos estar diante de um estímulo para que acções temerárias possam resultar em acidentes graves.

Apesar de louvável no seu o objectivo, parece-nos que uma melhor aposta seria no sentido de fixar populações jovens no Interior, capazes de devolver a necessária sustentabilidade das zonas rurais, sem o que o material agora disponibilizado de pouco servirá em grande parte das nossas aldeiras onde os incêndios são apenas a face mais visível de uma destruição que começa no interior dos próprios habitantes que aí ainda teimam em residir.

domingo, julho 01, 2007

Livro sobre UMM Alter I II


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Capa do livro sobre UMM Alter I e II

Não é um Land Rover, mas o UMM Alter merece um lugar de destaque, dado ser um modelo português que, anos após ter deixado de ser fabricado, ainda circula nas nossas estradas e fora delas.

Este livro, escrito em português e da autoria de António Jorge, estara disponível a partir de dia 07 de Julho, data do 30º aniversário deste modelo de todo o terreno que teve uma importância excepcional na forma como esta classe de veículos foi tratada a nível fiscal durante anos.

O livro estará à venda em livrarias especializadas, como a Ascari, por 21.00 euros e tem 144 páginas e inclui a história do modelo, informações sobre a mecânica, dados de reparação e um espaço para registos e apontamentos, constituindo uma prenda interessante para os muitos apreciadores deste modelo.

"Fase Charlie" começa hoje


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Um Dromader PZL M 18

A "Fase Charlie", considerada a de maior risco no combate aos incêndios florestais, começou hoje, mobilizando um dispositivo que inclui 52 aeronaves, 8.836 efectivos e 1.886 viaturas.

Destes efectivos, 5.056, incluindo 111 comandantes de permanência e 140 da Companhia Especial recentemente apresentada, pertencem aos Bombeiros, que dispoem de um total de 1.173 viaturas diversas.

O segundo maior contingente é o da Guarda Nacional Republicana (GNR), com 1.531 militares, que incluem os 470 elementos do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS), os 827 do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) e 234 guardas que prestam serviço na rede de postos de vigia.

A Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF), dependente do Ministério da Agricultura, dispõe de 1.374 sapadores florestais, apoiados por 292 viaturas, que desempenharão missões de prevenção, combate e rescaldo de incêndios após, nos meses de menor risco, terem limpo mais de 7.000 hectares de áreas florestais.

Os madeireiros, sócios da Associação de Empresas do Sector Papeleiro e Celulose (AFOCELCA), de que dependem mais de 232.000 hectares de explorações, colocam ao serviço do dispositivo nacional 249 sapadores florestais, incluindo unidades helitransportadas apoiadas por três helicópteros e 56 viaturas de combate ao fogos.

A participação das Forças Armadas, aumentada este ano para o dobro, vai ser de 240 efectivos disponíveis diariamente, que desempenharão missões de prevenção, combate aos incêndios e rescaldo.

O Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade disponibiliza 206 técnicos para a vigilância e primeira intervenção, apoiados por 69 viaturas todo-o-terreno, com acção destinada essencialmente a defender as áreas protegidas.

Finalmente, a Polícia de Segurança Pública (PSP), disponibiliza 180 efectivos com 16 viaturas das Brigadas de Protecção Ambiental, para accções de fiscalização e policiamento.

Existe ainda a colaboração das autarquias, tendo o Governo, através do ministério da Administração Interna distribuido às juntas de freguesia diversos meios que incluem moto-roçadoras, moto-serras, diversas ferramentas manuais e sistemas e moto-bombas e mangueiras ligadas a tanques de água.

Este dispositivo, dependente da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), será apoiada por 52 meios aéreos cujos detalhes serão abordados proximamente.