sábado, abril 15, 2006

Museu do Bombeiro abre este ano em Lisboa


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Parte do espólio do museu

O Museu do Bombeiro de Lisboa deverá, segundo responsáveis camarários, abrir ao público este ano, três anos depois de ter sido inaugurado e com várias peças seculares já expostas e à espera de poderem ser admiradas.

A coordenadora do museu, Mónica Duarte de Almeida, gostaria que o espaço abrisse ao público a 19 de Maio, Dia da Unidade do Regimento Sapadores Bombeiros (RSB), algo que parece impossível, uma vez que o projecto de museografia e museologia, necessário para a abertura, ainda não está concluído por falta de verbas.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carmona Rodrigues, adiantou que o Museu tem vindo a funcionar esporadicamente e que deverá abrir este ano.

Mónica Duarte de Almeida contou que a criação de um museu dos bombeiros se formalizou em 1930, aquando da reestruturação do Corpo de Bombeiros Municipais de Lisboa (Corpo de Salvação Pública) em Batalhão de Sapadores Bombeiros.

Até Junho de 2003, altura em que foi inaugurado o museu, o valioso espólio do RSB andou disperso por vários quartéis da capital e dificilmente podia ser admirado pelo público.

O atraso na abertura ao público deve-se à falta de uma dotação orçamental de carácter extraordinário, necessário para avançar com o projecto de museologia e museografia, mas também ao facto de o quadro de pessoal ainda não estar preenchido, explicou a responsável.

"Para expor objectos destes é preciso ter uma estrutura de imobiliário, de iluminação, de painéis, e isso não temos, nem podemos avançar com isso sem haver uma dotação orçamental extraordinária para esse efeito", salientou.

Mónica Duarte de Almeida lembrou que um dos objectivos do museu é "estudar, conservar e divulgar a história do serviço de incêndios da cidade de Lisboa e promover a sensibilização para as questões de segurança citadina e do ambiente".

Do espólio do museu do Regimento Sapadores Bombeiros fazem parte vários objectos seculares e mais de 50 viaturas puxadas a braços ou a cavalo, para além de bombas a vapor do final do século XIX.

Trata-se do objectos que fazem parte da história da corporação, mas também estão presentes peças que foram doadas por particulares ou por outras instituições de bombeiros.

Um desses exemplos é uma bomba de caldeira, dos finais do século XIX que foi oferecida pelo infante D. Afonso e que pertenceu ao imperador do Brasil, D. Pedro II.

"O que temos em património material é provavelmente uma das melhores colecções a nível europeu", adiantou Mónica Duarte de Almeida, que tem dedicado os últimos dez anos da sua vida a estudar a história dos bombeiros e a ajudar na criação do museu.

Situado em Benfica, junto ao Centro Comercial Colombo, o Museu do Bombeiro de Lisboa tem quatro pisos, com espaços para guardar o espólio, para animação infantil e juvenil, para além de um auditório e centro de documentação.

O Museu tem ainda um espaço para exposições semi-permanente e uma galeria para exposições temporárias.

Sabendo que a edilidade lisbonense tem graves problemas financeiros e se encontra limitada em termos de investimento por ter esgotado a capacidade de endividamento, a abertura deste Museu ainda no ano corrente parece-nos uma hipótese remota, facto que obviamente lamentamos.

Apenas com a intervenção e o patrocínio de entidades privadas e com o apoio do Estado, que poderia permitir que professores não colocados aí prestassem serviço, suportando parte dos custos, se afigura possível uma abertura próxima.

Enquanto, esperamos pelo anúncio da abertura, sugerimos aos responsáveis do Museu que organizem um "exposição virtual", como antevisão do recheio e do espaço que um dia poderão visitar.

Incêndios chegam mais cedo


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Incêndio florestal em Portugal no Verão de 2005

Três frentes de incêndio deflagraram ontem à tarde, em simultâneo, num espaço de oitocentos metros, na zona de Urrô, concelho de Arouca, consumindo vinte hectares de floresta nas duas horas seguintes.

Esta área ardida foi das primeiros a ser incluida na estatística que revelará a área perdida neste ano em consequência de fogos florestais, e ocorre a um mês do arranque da época de combate.

No final deste mês termina o prazo de discussão pública de três documentos fundamentais para a regulamentação as actividades de socorro: a "Directiva Operacional de Combate aos Fogos", o "Plano Nacional de Defesa da Floresta" e o "Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro".

"Os próximos dias são extremamente importantes. Há questões decisivas em fase de discussão", reconhece Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, que mantém um braço de ferro com o Governo em relação ao sistema de combate aos incêndios.

Uma das questões a separar bombeiros e Governo é a principal novidade do dispositivo de combate a incêndios: o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR que integra 315 militares, distribuídos por três companhias, a quem caberá o primeiro ataque aos incêndios.

Ao contrário da GNR, onde a preparação dos grupos está na fase final, a nível autárquico ainda há questões por resolver a nível do planeamento.

Segundo o Ministério da Agricultura, apenas 82 dos 308 concelhos do País têm planos municipais de defesa de floresta e, destes, só 19 em versão final.

Chegou a ser obrigatório os planos municipais estarem prontos até ao final do ano passado, mas, perante os atrasos generalizados, o prazo acabou por ser prorrogado, sinónimo do facilitismo que se vive em Portugal.

Ontem, à mesma hora em que as chamas deflagravam em Urrô, lançando setenta bombeiros no combate ao fogo, o Conselho de Ministros anunciava em Lisboa a adjudicação à Aeronorte do fornecimento, até 2008, de quatro helicópteros médios.

Há um mês, o Governo tinha já aprovado a adjudicação, para este ano, de seis helicópteros ligeiros e dois aviões pesados anfíbios.

O dispositivo de meios aéreos para este ano, apresentado em Dezembro do ano passado, prevê que a 15 de Maio estejam disponíveis seis helicópteros ligeiros e dois helicópteros médios e que na primeira quinzena de Junho, chegue um reforço de oito aviões ligeiros.

Até final do mês será também conhecida a decisão sobre os dez helicópteros ligeiros e médios que Portugal vai adquirir, mas estas aeronaves só deverão estar operacionais no próximo ano.

Estes atrasos, quer a nível da disponibilização dos meios aéreos, quer do planeamento, o que é muito mais grave, para além de causar um enorme mal estar junto dos bombeiros, prejudica a confiança das populações no dispositivo de combate aos incêndios e na capacidade do Estado em garantir a segurança de pessoas e bens.

sexta-feira, abril 14, 2006

Google Calendar


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Écran do Google Calendar

A Google disponibilizou, com integração no Gmail, um sistema de calendário ou agenda electrónica partilhável.

Este sistema, que tem características base semelhantes a tantos outros, apresenta a vantagem de poder ser tornado mais ou menos visível, de modo a que um grupo possa ter acesso a eventos comuns, mas mantendo a privacidade sempre que não se pretenda que estes sejam divulgados.

A integração com o Gmail é outra vantagem adicional, permitindo adicionar eventos incluidos em mensagens de forma automática ou usar o correio electrónico para enviar informações do calendário.

Tem também a flexibilidade suficiente para "webmasters" poderem configurá-lo,de modo a estar de acordo com necessidades específicas de um dado "site".

Para quem tenha uma conta de Gmail, é quase imediato criar uma no Google Calendar e começar a usá-lo de imediato, sempre de forma independente de cada computador pessoal, dado que a informação fica alojada "on-line" num servidor do Google.

Deixamos aqui esta sugestão de um produto que pode ajudar grupos a organizar ou coordenar actividades comuns, partilhando a informação necessária, sem comprometer a privacidade.

Publicidade Land Rover: passear o crocodilo


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O crocodilo à espera de dar um passeio radical

Não foi um dos mais divulgados, mas este anúncio onde o protagonista é um crocodilo, com uma trela nas mandíbulas, à espera do dono para passear, foi premiado internacionalmente.

Para a Land Rover, o radicalismo e o espírito de aventura levaram a que o animal de estimação mais tradicional fosse substituido pelo exotismo de um crocodilo, cuja atitude parece replicar a de um simples cão.

Nesta Páscoa que se avizinha, acabamos por não encontrar um anúncio semelhante com um coelho, pelo que acabamos por optar por um dos raros anúncios em que a primazia não é dada nem ao veículo, nem ao seu proprietário.

Sistema de combate a incêndios vai ser apresentado na Lousã


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Sistema de pulverização para montagem em viatura

Uma nova tecnologia de combate a incêndios, que permite aos bombeiros criar uma área de superfície de água 50 vezes superior a uma auto-bomba convencional, vai ser apresentada na próxima segunda-feira na Lousã.

A apresentação e teste dos equipamentos terá lugar no auditório do Centro de Operações e Técnicas Florestais, às 15:00, seguindo-se um simulacro de incêndio no aeródromo municipal, onde funciona um pólo do Centro de Formação da Escola Nacional de Bombeiros.

Concebida pela empresa alemã AFT (Advanced Firefighting Technology GmbH), a nova tecnologia foi desenvolvida a partir da indústria aeroespacial, tendo sido posteriormente adoptada e aperfeiçoada para o combate aos fogos.

"Os novos equipamentos permitem uma primeira intervenção mais decisiva, mais eficaz e com menos recursos, utilizando aerodinâmica avançada e aplicações da engenharia de fluxos e misturas de água e ar comprimido", explicou a AFT em comunicado.

Segundo a empresa alemã, "esta tecnologia permite criar uma área de superfície de água 50 vezes superior a uma auto bomba convencional, resultando num rápido arrefecimento da zona", explicando que "a névoa gerada expande-se 1640 vezes, tornando inerte a atmosfera em torno do fogo".

"Os equipamentos que vão ser testados são ideais para permitir uma resposta rápida e eficaz dos bombeiros, um dos pilares para solucionar o drama dos incêndios em Portugal", sublinha a AFT.

Segundo o fabricante, a unidade Modular de Ar Comprimido (APM) incorpora um sistema de atomização para água nebulizada e espuma com ar comprimido para combate a incêndio.

O sistema é modular e pode ser ampliado, dependendo das necessidades do cliente. Devido à tecnologia própria utilizada, este sistema combinado é 10 vezes mais potente do que a maioria dos produtos da categoria mais competitiva.

Com um peso de 200 Kg, este sistema de pulverização permite enviar um "spray" de 60º a uma distância de 6-7 metros e um jorro até aos 17-18 metros, com um tempo de operação de até 300 segundos usando o caudal máximo.


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Sistema de 400 litros em viatura todo o terreno

O mesmo fabricande dispõe de sistemas com 400 litros de água montados em viaturas todo o terreno ligeiras, que podem ainda transportar outros equipamentos e uma tripulação de dois elementos, capazes de serem usadas como unidades de intervenção rápida.

Sendo bem vindas, estas novas tecnologias podem deslumbrar alguns, mas não pode fazer esquecer que o problema dos incêndios florestais é estrutural e não depende apenas da sofisticação dos equipamentos disponíveis.

Aliás, em Portugal os gastos com os incêndios são particularmente elevados e os resultados não acompanham estes investimentos, razão pela qual, não esquecendo a importância do progresso tecnológico, se deve olhar mais longe.

quinta-feira, abril 13, 2006

Autarca lança SOS ao Governo


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Idoso combatendo um incêndio no Verão de 2005

O presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra apelou ao Governo para apoiar o município na recuperação dos prejuízos causados pelos incêndios de 2005, estimados em 3.500.000 de euros só neste concelho.

"Este é um dever de justiça. Os governos não podem ter filhos e enteados", salientou Hermano de Almeida, na intervenção que fez na sessão solene de comemoração do Dia do Município, em que participou o secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita.

Na cerimónia, o autarca pediu a ajuda do Governo para a recuperação deste município do interior do distrito de Coimbra flagelado pelo fogo, lembrando que, em 2003, "houve uma acção concertada do Estado para minimizar os prejuízos dos incêndios em concelhos vizinhos" à Pampilhosa.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra disse que os incêndios do Verão passado causaram prejuízos avaliados em cerca de 3.500.000 de euros e adiantou que o secretário de Estado prometeu que ia estudar o assunto e analisar a hipótese de ser celebrado um contrato-programa com a autarquia.

Os efeitos dos incêndios foram patentes sobretudo nas vias de comunicação e nas redes de abastecimento de água, disse ainda o autarca, observando que, segundo as contas do município, as chamas destruíram uma área de 25.500 hectares.

As comemorações do Dia do Município compreenderam também a inauguração da Rua Paulo Piedade, numa justa homenagem ao bombeiro do concelho que morreu no combate a um incêndio no Verão passado, exemplo que esperamos ver seguida noutros pontos do País, e da sede da Comunidade Intermunicipal do Pinhal.

Foi ainda inaugurado um anfiteatro ao ar livre e assinados vários protocolos com instituições do concelho a quem, a 10 de Abril de 1423, o rei D. João I confirmava à vila de Pampilhosa da Serra, os seus direitos, foros e garantias de vila isenta.

Com as marcas dos incêndios dos últimos anos ainda bem visíveis, o concelho da Pampilhosa da Serra foi um dos mais atingidos e enfrenta agora a difícil tarefa de se preparar para uma nova época de chamas sem que existam novos meios de defesa nem terem sido recuperadas as áreas ardidas, algo que é comum à maioria dos municípios deste País.

Muitos municípios devastados continuam à espera de auxílio do Estado, por vezes durante anos, tendo até hoje recebido apenas promessas e uma mão cheia de nada, facto que contribui para o desespero dos poucos habitantes que se obstinam em ficar nas terras onde nasceram e que já nada têm para oferecer.

Combate aos incêndios é caro e ineficaz


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Bombeiro num helicóptero da Força Aérea

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) defende que a actual estrutura voluntária de combate aos incêndios florestais, mesmo com a componente de contratação de grupos de primeira intervenção, "continua a ser a opção mais económica".

Em reacção à notícia do Diário de Notícias de ontem, segundo a qual teria havido uma duplicação dos encargos com pessoal e aquisição de equipamentos pelas corporações de bombeiros voluntários durante a última década, a LBP considera que com uma estrutura profissional os custos triplicariam.

A Liga estima que, este ano, os cerca de 4.000 bombeiros a contratar para os três meses de Verão, cada um dos quais irá receber 40 euros por dia, vão custar ao Estado um total de cerca de 17.000.000 de euros.

Infelizmente, mais do que os custos globais, é a eficácia do sistema de voluntariado no combate aos fogos que está em causa, quando confrontado com as negras estatísticas que apontam para uma área florestal queimada incompatível com este esforço financeiro.

A criação de um grupo de 300 elementos pertencentes à GNR, o Grupo de Intervenção, Protecção e Segurança (GIPS) para constituir brigadas helitransportadas, que irão operar nos distritos de Faro, Viseu e Coimbra, foi mais uma decisão recente do Governo que criou celeuma com os voluntários e continua a ser particularmente contestada.

Desta forma, o Governo manifestou que não ficou satisfeito com o dispositivo usado nos anos anteriores, o qual estava assente nas corporações de bombeiros voluntários, considerando que o reforço de uma força que, pelo seu estatuto, julga ser mais controlável, poderá ser mais eficaz, não obstante a falta de experiência dos seus elementos.

A comunidade científica também tem feito alertas para os elevados custos do combate e prevenção sem que se vislumbrem efeitos positivos, dado que, tal como referimos, a maioria dos estudos tem sido ignorada sempre que obriga a algum investimento público.

No final do ano passado, investigadores do Instituto Superior de Agronomia salientavam que entre 2000 e 2004 se tinham gasto 479.000.000 de euros em prevenção e combate aos incêndios, o valor mais elevado da Europa, sem que se verificasse uma relação custo-benefício, e apelavam para que se seguissem os modelos de outros países, como a Espanha ou França "que souberam transformar anos trágicos e catastróficos em oportunidades de mudança".

Com efeito, os restantes países mediterrânicos têm apresentado melhorias significativas na eficácia do combate aos incêndios florestais, fruto de várias mudanças estruturais que passaram, quase sempre, por uma maior profissionalização.

Nos cinco anos mais quentes da última década, concretamente 1998, 2005, 2002, 2003 e 2004, de acordo com dados da Organização Mundial de Meteorologia, apenas em Portugal se registou um crescimento da destruição causada pelos fogos, em relação aos anos mais amenos.

Assim, enquanto no nosso país ardeu 2.7 hectares por quilómetro quadrado de território na média desses anos, em Espanha foi de apenas 0.3 e na Itália de 0.2, enquanto na França e na Grécia nem se chegou aos 0.1 hectares por quilómetro quadrado.

A menor eficácia no combate torna-se muito evidente nas comparações com Espanha, país que, sobretudo a partir de 1995, apostou na profissionalização da prevenção e combate.

Mesmo tendo um território mais de cinco vezes superior a Portugal, no país vizinho ardeu sempre menos no último quinquénio e em todos os indicadores fundamentais de eficácia, a Espanha apresenta muito melhores resultados.

Por exemplo, nos últimos cinco anos, os espanhóis apenas contabilizaram 137 incêndios com mais de 500 hectares, enquanto em Portugal houve 296.

Destes, em Espanha apenas um superou os 20.000 hectares, enquanto no nosso país se registaram seis, dos quais dois com mais de 35.000 hectares.

Também os reacendimentos, ou seja, fogos em que o rescaldo foi ineficaz, são têm piores consequências no nosso país.

No último quinquénio, em Espanha, por cada 1.000 ocorrências 12 fogos reacenderam-se após a intervenção dos bombeiros, enquanto em Portugal esse valor foi de 41, e, por exemplo, no distrito de Leiria chegou aos 106, o que representa uma taxa de reacendimento de quase 11%.

Estes dados são obviamente preocupantes, e falta apontar algumas soluções concretas que evitem o alto número de incidências e de reacendimentos, muitos dos quais evoluem para situações de extrema gravidade.

Já mencionamos, ao longo dos meses em que nos debruçamos diariamente sobre esta problemática, um conjunto de sugestões, muitas das quais foram enviadas às entidades competentes, mas a um mês do período crítico, praticamente nada foi implementado, enquanto parece haver uma campanha pública que afecta a imagem dos bombeiros voluntários, eventualmente na perspectiva de antecipar responsáveis em caso de falta de sucesso na próxima campanha.

Na actual conjuntura financeira, o investimento na profissionalização pode ser impossível, mas é necessário inovar em termos tecnológicos, de modo a rentabilizar os meios existentes, maximizando a sua eficácia.

Entre decisões adiadas, falta de consenso e incerteza quanto ao dispositivo existente, nomeadamente em termos de efectivos, continuamos com graves dúvidas relativamente ao sucesso da campanha que se avizinha, temendo que os resultados finais sejam tão trágicos como os dos últimos anos.

quarta-feira, abril 12, 2006

Miniatura Range Rover 2003 1/43


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Vista lateral do Range Rover à escala 1/43

Esta miniatura já será conhecida por alguns dos nossos leitores, sendo uma versão à escala 1/43 da miniatura de Range Rover que apresentamos há algumas semanas na escala 1/72.

Também esta miniatura foi adquirida por um valor módico, concretamente por 2.50 euros numa loja gerida por chineses que, para além desta, dispunha de um razoável número de veículos todo o terreno ou SUV feitos pela Hongwell.


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Detalhe do interior e porta aberta no Range Rover

Relativamente à miniatura à escala 1/72, este modelo apresenta mais detalhes a nível do interior de um veículo de condução à direita, correctamente reproduzido, e de logotipos de qualidade muito superior, com a característica de poder abrir as portas dianteiras.

Também os restantes detalhes, como as jantes, pneus, grelha ou faróis estão bem duplicados, ao nível de marcas que vendem os seus produtos a preços francamente mais elevados, razão pela qual a concorrência da Hongwell é particularmente bem vinda.

A Hongwell, representada em Portugal pela Didabrinca, produz ainda este Range Rover em outras cores, como o azul ou o "bordeaux", a que junta um interessante conjunto de outros modelos da mesma marca, com especial destaque para as numerosas versões do Série 3 modelo 109.

Vigilância móvel florestal em Vizela pode não ser financiada


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Land Rover Defender numa floresta

O município de Vizela vai receber mais de 92.000 euros para aplicar na prevenção dos incêndios florestais, mas este financiamento não contempla a vigilância móvel motorizada, facto que preocupa o comandante dos bombeiros, Rogério Caldas, que também desconhece se serão mantidos os actuais postos de vigia.

"As brigadas móveis florestais conhecem bem o terreno e são uma ajuda fundamental, não só porque permitem a detecção precoce de incêndios, mas também porque são capazes de determinar com mais rigor a dimensão do fogo e necessidades de meios, identificar zonas de abastecimento e acessos para viaturas pesadas", pelo que considerou que "era preferível reduzir a verba e desafectar parte para manter as brigadas móveis".

Contactado pelo Jornal de Notícias, o vereador da Protecção Civil, Alberto Machado, explicou que, este ano, a autarquia não viu aprovada a candidatura ao programa de vigilância móvel motorizada, tendo a edilidade contestado a decisão e estando a aguardar resposta.

Segundo este autarca, "entre outros aspectos, na exposição que enviámos, questionamos sobre o que vamos fazer ao equipamento adquirido ao abrigo daquele programa".

O vereador acrescentou que se se mantiver o chumbo, "terá que se apostar numa solução que poderá passar por disponibilizar todo o equipamento aos bombeiros", o qual inclui duas motorizadas, capacetes, binóculos, extintores, comunicações e batedores.

Os 92.000 euros que o município vai receber resulta da aprovação de uma candidatura apresentada pela Câmara ao Fundo Florestal Permanente para Prevenção e Protecção da Floresta Contra Incêndios, que aprovou apenas 49 das 200 candidaturas apresentadas.

Para além do escasso número de candidaturas aprovadas numa área tão sensível, a forma como as verbas estão a ser distribuidas é preocupante, dado considerarmos, tal como o comandante dos bombeiros de Vizela, que as patrulhas móveis são essenciais na detecção e avaliação dos incêndios.

A falta de uma detecção precoce e um sistema de comunicação eficaz, que não se obtém com investimentos em campanhas de sensibilização, mas em meios de patrulhamento ou dispositivos de observação, é um dos factores que mais tem contribuido para o panorama devastador dos últimos anos, perante o qual não encontramos nas entidades responsáveis nem a abertura nem a imaginação necessárias para ultrapassar este problema.

Pode-se, inclusivé, verificar que os estudos que o próprio Governo encomenda acabam por ser ignorados na altura da tomada de decisões, razão pela qual nos interrogamos, mais uma vez, acerca da utilidade real do trabalho realizado por especialistas, que vêm a sua autoridade na matéria desrespeitada.

Por conhecermos soluções para estes problemas, contactamos a Câmara Municipal de Vizela, apresentando uma sugestão no sentido de ultrapassar esta questão, sem o recurso ao dispêndio de meios financeiros vultuosos que sabemos serem difíceis de disponibilizar.

Comunicado da APBV


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Site da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários

Relativamente à notícia divulgada por um órgão de comunicação social, na qual afirma que "os Voluntários recebem 70 milhões de euros por ano", a APBV – Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários vem, pelo presente, informar:

Julgamos um absurdo e extremamente inflacionados os valores divulgados. Feitas as contas corresponde a uma despesa média de 32.500 contos por Corpo de Bombeiros.

A APBV conhecendo a realidade de muitas Associações, e a crise financeira que muitas delas atravessam, questiona como seria possível gastarem-se tais montantes só para pagamento de ordenados?

Se querer pôr em causa este prestigiado órgão de comunicação social, gostaria que me apresentassem os dados em que se basearam para divulgarem tais valores.

É verdade que as Associações detentoras dos Corpos de Bombeiros têm bombeiros remunerados. Esses bombeiros não são profissionais. São, sim, bombeiros voluntários ASSALARIADOS. Apesar de serem assalariados, pertencem aos quadros dos Corpos de Bombeiros e depois da hora de trabalho, prestam serviço voluntário no seu corpo de bombeiros.

Se assim não fosse, então os Corpos de Bombeiros Voluntários passariam de Voluntários a Mistos.

Com isto quero dizer que existem Corpos de Bombeiros Municipais Mistos, ou seja, têm elementos que são bombeiros PROFISSIONAIS e bombeiros voluntários.

A APBV entende que se querem partir para a profissionalização dos bombeiros, que o façam.

Será excelente para os nossos directores porque deixarão de se preocupar em operarem verdadeiros milagres financeiros, dormirão as noites descansados e, muitos deles, deixarão de ser fiadores dos empréstimos bancários contraídos pelas suas Associações.

Apesar das associações terem de contraírem empréstimos bancários não significa que não exista boa gestão financeira.

Se as associações o fazem é por uma razão muito simples: O Estado e a maioria das autarquias não apoiam devidamente as Associações e os próprios Bombeiros Voluntários.

Com toda esta polémica que tem sido levantada, alguém já interrogou os autarcas, a ANMP e o próprio Estado se estão dispostos a suportar o custo para serem detentores de um Corpo de Bombeiros Profissional no seu município?

Já foram feitas bem as contas do quanto custaria ao Estado, às autarquias e aos bolsos dos contribuintes (convém não esquecer que nós elementos da APBV e Bombeiros Voluntários também somos contribuintes) a profissionalização dos bombeiros?

Estranho imenso as notícias que ultimamente têm sido divulgadas. E estranho mais quando estamos a pouco mais de um mês do início da Fase Alfa (15 de Maio).

Na minha opinião o Governo tem de tomar medidas sobre tudo o que se está a passar.

Digo isto por uma razão muito simples: Tem de se dignificar, incentivar, acarinhar e apoiar os Bombeiros Voluntários de Portugal. Os milhares de Homens e Mulheres que prestam um serviço gratuito à comunidade e ao Estado, sem nada lhes pedir em troca e, mais grave, em alguns casos perdem as suas próprias vidas no cumprimento da sua missão.

Lamentavelmente, isto não está acontecer.

Com tudo o que se está a passar, está-se sim a denegrir a imagem dos Bombeiros Voluntários e, quem sabe, a tentarem aniquilar o voluntariado em Portugal.

terça-feira, abril 11, 2006

Estado não sabe quantos bombeiros há em Portugal


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Veículo dos Bombeiros Voluntários da Sertã

Ninguém sabe quantos bombeiros existem em Portugal ou quantos estarão disponíveis para combater os fogos, conforme reconhece o próprio presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), Arnaldo Cruz, quando afirma que naquela estrutura "não existe" informação sobre o número de bombeiros voluntários que há no nosso País.

A confissão consta num ofício que Arnaldo Cruz enviou para a Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA), servindo para justificar a recusa de acesso a um conjunto de informações relacionadas com o combate aos incêndios florestais.

Este desconhecimento põe assim em causa os números que periodicamente são divulgados, que apontam para a existência de 43.000 bombeiros voluntários, valor este que parece inflacionado face aos efectivos disponíveis em caso de necessidade.

De acordo com a lei, cabe ao SNBPC fazer inventários dos meios humanos e materiais das associações de bombeiros, sendo mesmo exigido que os comandantes das corporações remetam "anualmente ao inspector distrital de bombeiros, a relação dos elementos (...) que se encontrem na situação de actividade no quadro".

A legislação determina mesmo que os bombeiros devem ter processos individuais, nos quais constem "os factos relacionados com o tempo e qualidade do serviço".

Esta medida não apenas se torna fundamental para uma gestão dos meios disponíveis para a época dos fogos como é uma forma de controlo para efeito dos benefícios atribuídos ao voluntariado.

A Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais (ANIF), no seu último relatório refere que a essa dificuldade "não será alheia a necessidade de revisão do Estatuto Social do Bombeiro no que diz respeito à obrigatoriedade da formação dos quadros que dele beneficiam, bem como da obrigatoriedade da sua comparência nos exercícios e nos treinos operacionais e a prestação de serviço efectivo nos corpos de bombeiros".

Durante o Verão de 2005 foi patente a enorme descrepância entre os efectivos anunciados e os que efectivamente compareciam durante as operações, algo que parecia espantar alguns governantes que suponham dispor de dezenas de milhares de voluntários imediatamente disponíveis.

Se atentarmos aos números que o SNBPC ia divulgando diariamente, os efectivos envolvidos diariamente correspondiam, grosso modo, a um décimo do efectivo total declarado pelas associações, deixando antever situações decorrentes de um exagero nos efectivos por parte de muitas corporações.

Logicamente, e para além da evidente falta de controle, podemo-nos interrogar acerca das razões de tal exagero, mas é possível imaginar que deste inflacionamento de efectivos podem resultar diversas vantagens a nível de dotações orçamentais e materiais de que as corporações necessitam.

Declarando um efectivo superior poderá corresponder a um maior número de equipamentos ou a prioridade no fornecimento de material, facto de que pode depender a operacionalidade de corporações debilitadas pelos sucessivos atrasos ou adiamentos na entrega de verbas que lhes são devidas.

Mas pode existir uma outra razão para o empolamento de efectivos, se estabelecermos um paralelo com o meio militar, onde do número de elementos depende uma maior e mais prestigiada estrutura de comando, mesmo que esta não traduza valores reais e, menos ainda, o grau de operacionalidade destes.

Aliás, exemplos de empolamento de efectivos existem um pouco por toda a parte, bastando para tal lembrar como as concelhias de alguns partidos, os mesmos de onde saem tantos dos nossos governantes, mantêm activos militantes, pagando as respectivas quotas, apenas para poder exibir os números daí resultantes e garantir uma influência e um poder que legitimamente não teriam.

Com algum trabalho, tomando como base o número máximo de bombeiros que cada corporação disponibilizou no Verão passado e adicionando-os, poderemos obter uma previsão do que nos espera este ano em termos de efectivos, aos quais se devem adicionar os elementos do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro (GIPS) da GNR nos distritos onde estes é suposto actuarem.

Só com um grande rigor, provavelmente com um sistema de verificação externa, se poderá não só saber quantos efectivos existem, mas deixar de fazer apelos a bombeiros imaginários por parte de quem movimenta, sobre o mapa de um Portugal em chamas, unidades que só existem no papel.

Mais algumas fotos do "overdrive"


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Alguma ferrugem presente no Overdrive

No seguimento do texto de ontem, apresentamos mais algumas fotos do "overdrive" da Fairey que adquirimos no EBay, de modo a que os nossos leitores possam, tanto quanto possível, ver o estado em que este se encontra exteriormente.

Na foto ao lado pode-se ver onde se nota uma maior quantidade de ferrugem, mesmo assim sem ser alarmante dada a construção robusta da carcassa metálica.


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Detalhe dos dentes da engrenagem

Nesta foto pode-se ver o aspecto da engrenagem, com os dentes em bom estado e sem grande desgaste aparente, sendo possível rodá-la sem problemas, de forma suave e sem que se ouçam ruidos ou sintam atritos internos.

Este conjunto de fotos ilustra, sucintamente, aquilo que recebemos dentro de uma caixa que, não sendo muito grande, era francamente muito mais pesada do que esperavamos.

Será necessário, como já dissemos, obter um conjunto de peças adicionais, de modo a proceder à instalação, algo que será feito de forma faseada, de modo a tentar sempre obter os preços mais baixos que se praticam no EBay inglês.

Entretanto, e dado que o Verão se aproxima, o próximo passo não será o de instalar o "overdrive", para o qual faltam as ligações exteriores, mas sim as peças que temos vindo a reunir de modo a converter o nosso "hard-top" em "soft-top", sem esquecer o reposicionamento dos cintos de segurança na barra que adquirimos.

segunda-feira, abril 10, 2006

Comunicado da APBV


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Site da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários

Relativamente ao facto do Presidente do SNBPC, Sr. Major-General Arnaldo Cruz admitir que "não existe qualquer informação sobre o número de Bombeiros Voluntários que existe no País", a APBV – Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários vem, pelo presente, informar:

Aquando da audiência que tivemos com o senhor Presidente do SNBPC constatamos que o mesmo está preocupado e sensibilizado com os Bombeiros Voluntários e com a prestação do socorro em Portugal.

A sua preocupação vem ao encontro das muitas preocupações que a APBV – Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários lhe transmitiu.

É verdade que não existem dados fiáveis para podermos contabilizar o número de bombeiros voluntários que realmente prestam serviço nos seus corpos de bombeiros.

Em muitos corpos de bombeiros estão inscritos mais de cem bombeiros. Todavia, somente trinta ou quarenta é que realmente cumprem a sua missão.

Existem corpos de bombeiros que possuem cinco secções. No entanto, se houvesse rigor estamos convictos que o número de secções diminuiria drasticamente.

Tal facto leva a que muitos dos Comandantes julguem poder contar com cem bombeiros, mas na realidade só poderão contar com um número muito inferior, o que irá, em muitos casos, debilitar a sua capacidade organizativa e operacional.

Se não houver rigor, esta situação irá agravar ainda mais a crise financeira que muitas das Associações detentoras dos Corpos de Bombeiros estão a atravessar.

E irá porquê? Porque têm de investir em mais equipamento de protecção individual, entre outros, para que os seus bombeiros possam prestar um melhor socorro com segurança. Feitas as contas, equiparam cem bombeiros. No entanto, metade, ou até menos, é que utilizaram esse equipamento (capacetes, fardamento, casacos Nomex, etc.) e meios ao longo do ano.

A APBV – Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários está extremamente preocupada com a possível falta de bombeiros para integrarem os Grupos de Primeira Intervenção.

A APBV – Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários tem a solução para estes e outros problemas. Basta, para tal, que haja vontade por parte dos governantes em ouvir-nos e consultar-nos sempre que o entendam.

Com isto queremos deixar um simples recado aos nossos governantes: Ouçam os Bombeiros Voluntários, os homens e as mulheres que andam todos os dias no terreno, que conhecem as dificuldades, os problemas e que, na maioria dos casos, têm a solução para os mesmos.

Os Bombeiros de Portugal têm de ser dignificados e, acima de tudo, ouvidos pela Tutela.

Convém não esquecer que a APBV – Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários já foi ouvida por dois presidentes do SNBPC.

A APBV, já solicitou audiência ao senhor Ministro da Administração Interna. Fomos informados, pelo Gabinete do MAI, que o pedido de audiência havia sido remetido para o Secretário de Estado da Administração Interna. Voltamos a solicitar ao Secretário de Estado da Administração Interna uma audiência e, até hoje, ainda não obtivemos qualquer resposta ao nosso pedido.

Os Bombeiros Voluntários de Portugal têm uma associação que os representa de facto. Essa associação é a APBV – Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários.

A APBV – Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários está devidamente constituída, tem os seus órgãos sociais eleitos, tem representatividade em 14 distritos, bem como nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

A APBV – Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários além de querer representar, defender e dignificar os Bombeiros Voluntários quer, também, apresentar propostas que visem a melhoria do socorro em Portugal e propostas que sejam a solução para muitos dos problemas existentes no sector.

Câmara de vigilância NC1000W10


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Câmara de vigilância remota NC1000W10

Os sistemas de vigilância e observação remota têm para nós uma grande importância, dado permitirem, por um custo módico, manter sob controle áreas importantes durante 24 horas por dia.

A Gadspot IP NC1000W10 é um exemplo interessante dos recentes avanços tecnológicos, combinando uma câmara com infra-vermelhos com um computador dentro de um sistema de reduzidas dimensões e de fácil instalação.

O interesse fundamental deste equipamento é o facto de possuir no seu interior um servidor de "web" que permite ser acedido via uma rede de IP, LAN ou WAB, e está disponível a quem tenha um simples "browser", como o Internet Explorer ou o Firefox.

A configuração é feita acedendo via IP e pode ser feita a partir de um computador com os sistemas operativos e "browsers" mais comuns, usando um programa de configuração contido na própria câmara, a qual se encontra protegida por dois níveis de "passwords".

Com possibilidade de servir até 20 utilizadores em simultâneo, a NC1000W10 apresenta as seguintes características principais:

• Visão nocturna via infra-vermelhos
• Até 30 imagens por segundo
• Alta qualidade de serviço para múltiplos utilizadores
• Comunicação sem fios segundo o protocolo IEEE 802.11b
• Detecção de movimento com envio de imagens via FTP e email
• GPIO permite acionamento externo e envio de alarme de movimentos
• Microfone integrado para envio de som
• Visualização em "browsers" sem necessidade de uma aplicação específica
• Gravação remota e controle de "snapshot" em páginas web
• Antena incorporada que pode ser substituida por uma mais potente

Sabemos que existem vários equipamentos semelhantes no mercado, com preços entre os 150 e os 200 dólares, a que acresce o envio e impostos, mas pelas suas características, pareceu-nos interessante apresentar aqui este modelo que inclui algumas funções inovadoras.

Com ligação a uma antena ou sistema emissor mais sofisticado, capaz de ultrapassar o alcance de 400 metros em exterior da configuração de origem, e montado num posto móvel, este sistema permite, a partir de uma base fixa, visualizar imagens em tempo real e sem custos de transmissão inerentes a outro tipo de equipamentos que usam a rede GSM.

Deixamos aqui este exemplo, que poderá ser substituido num futuro breve, tal a velocidade com que estes equipamentos são actualizados, para que os nossos leitores imaginem as várias utilizações possíveis deste equipamento, as quais, com um pouco de imaginação, serão certamente muito variadas.

domingo, abril 09, 2006

Escola de bombeiros será reforçada


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Bombeiros em aprendizagem

A Escola Nacional de Bombeiros de Bragança deverá ser reforçada, segundo a intenção manifestada pelo Secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões.

A escola existe há mais de dez anos, mas desde o início que ocupa instalações precárias, junto ao Governo Civil e actualmente está a rebentar pelas costuras, com a sua capacidade de formação completamente esgotada por falta de espaço.

A Câmara de Bragança cedeu, há vários anos, um terreno para construir novas instalações, mas o processo nunca avançou.

Ascenso Simões salientou, em Bragança, que o Ministério a que pertence já reuniu com a direcção da Escola Nacional de Bombeiros para tratar do assunto e deixou claro que é importante que a escola se mantenha no distrito, se bem que com valências diferentes.

No entanto, para que a escola continue é preciso "encontrar o local definitivo para a sua instalação", prosseguindo, agora, negociações com a Câmara de Bragança para se encontrar uma solução.

Há, porém, a hipótese da escola vir a mudar de concelho, tendo o presidente da autarquia de Vimioso manifestado interesse em receber o pólo.

Quanto aos quartel dos Bombeiros Voluntários de Bragança, ainda não há novidades sobre obras de reparação, ao abrigo do programa de Trabalhos de Natureza Simples.

Ascenso Simões acrescentou que ainda está em vigor o despacho governamental que suspende obras em quartéis, e que só a partir do segundo semestre deste ano é que a situação será alterada.

O governante lembrou, ainda, que é preciso resolver problemas estruturais do quartel dos Bombeiros de Miranda do Douro, que ameaça ruir, "o que é uma informação preocupante", se bem que tenha acrescentado que há "outras situações graves em todo o país".

As obras em quarteis, actualmente sem apoio governamental, acabam por ficar paralizadas e, conforme o próprio Secretário de Estado da Administração Interna admite, em situação de grave degradação, mas que nalguns casos ronda o estado de ruina, esperando-se que a partir do segundo semestre haja verbas disponíveis para ultrapassar este problema.

Chegou o "overdrive"


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Vista lateral do Fairey Overdrive

Num texto anterior mencionamos o facto de termos adquirido no EBay inglês um "overdrive" da Fairey que, segundo o vendedor, se destina a ser reparado ou para peças.

Com um preço de compra ou "Buy It Now" de apenas 20 libras, o equivalente a 30 euros e um envio de apenas uma dúzia de libras devido a uma boleia para Portugal, a tentação de obter uma peça particularmente dispendiosa por um valor módico levou-nos a adquirí-lo e a correr os riscos de uma reparação do que pode ser a maior pechincha do ano.

Muitos dos nossos leitores sabem que o preço de um "overdrive" semelhante novo ultrapassa facilmente os 1.000 euros e que mais de metade dessa quantia pode ser necessária para adquirir um em segunda mão, o qual pode trazer surpresas desagradáveis.


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Detalhe do Fairey Overdrive

Após ter sido desempacotado, a única falha notória para quem não tem experiência deste tipo de equipamento é o facto de estar com a tampa aberta, mas tudo roda, aparentemente, sem problemas e a caixa ou estrutura, bem como as peças visíveis, aparentam estar em bom estado e sem ferrugem exagerada.

As fotografias que aqui colocamos, a que amanhã juntaremos mais algumas, demonstram o estado deste opcional, ao qual falta, como já sabiamos, a alavanca ou sistema de acionamento, que esperamos vir a adquirir ou improvisar.

Este será um projecto para o qual necessitaremos da colaboração de um especialista, razão pela qual aceitamos, desde já, voluntários com conhecimentos na matéria.