sábado, agosto 20, 2005

OziExplorer - Calibrar um mapa


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Criação de ficheiro map


Após obter o mapa em formato digital, e antes de poder utilizá-lo, torna-se necessário calibrá-lo, ou seja fazer corresponder a pontos específicos do mapa as suas efectivas coordenadas geográficas, criando desta forma um ficheiro de extensão map que ficará associado ao ficheiro gráfico do mapa. Tal pode ser feito utilizando coordenadas constantes no mapa, colocando o cursor sobre elas e escolhendo este ponto como um dos pontos de calibragem.

Para um mapa estar calibrado, devem-se assinalar pelo menos quatro destes pontos, a partir dos quais o software extrapolará os restantes bem como o datum segundo o qual foi criado e eventuais ajustes, tais como declinações magnéticas.

Os passos necessários para calibrar um mapa são, pois, os seguintes :


Escolher a opção File e seguidamente Load and Calibrate Map Image, podendo agora selecionar um ficheiro de imagem do tipo BMP, TIF, GIF, JPG, PNG, KAP,EZW e OZF, sendo este último um formato específico do OziExplorer que pode ser obtido através do utilitário IMG2OZF que converte outros formatos neste, que por ter sido concebido especificamente para uso deste programa, apresenta uma maior rapidez.

Tal como anteriormente, aconselha-se a converter outros formatos em JPG ou GIF, que ocupam muito menos espaço em disco e evitar formatos como os BMP, conhecidos pela sua fraca compressão. A ligeira perda de promenores, verificada durante a conversão, é amplamente compensada pela redução do espaço em disco para menos de 10% e pela maior rapidez de carregamento, facto essencial para a operação, sobretudo quando haja necessidade de mudar rapidamente de um mapa para outro.

Chama-se a atenção para o facto de, caso se pretenda mudar o formato, tal deva ser feito antes de os calibrar, dado que o ficheiro obtido com a calibragem inclui o nome do ficheiro gráfico e a sua mudança de formato origina uma mudança de nome a nível de extensão.

Factores importantes é a introdução correcta do datum, segundo o qual o mapa foi elaborado, e a declinação magnética que deverá constar do mapa original. Os mapas realizados pelos Serviços Cartográficos Militares até Maio de 2001 usam o datum European 1950 Spain – Portugal, sendo que a partir dessa data usam o WGS 84. É necessário ter em atenção que a substituição de um mapa por uma versão mais recente pode obrigar a uma alteração no datum e na declinação magnética.

A projecção do mapa indica qual o tipo de coordenadas utilizadas, sendo habitual utilizarem Latitude e Longitude, embora seja possível que alguns utilizem coordenadas UTM.

Neste menu também é possível delimitar a área que pertence efectivamente ao mapa e as margens que resultam da digitalização. Esta função é realizada marcando os cantos do mapa através de um menu acessível clicando num icon com uma quadricula que inclui um angulo em vermelho. Tudo o que ficar fora destes limites deixará de ser considerado em termos cartográficos, mesmo que possa constar do ficheiro gráfico que lhe serviu de base, evitando assim que, por exemplo ao chegar ao limite do mapa se veja o sinal de GPS sobre uma legenda em vez de carregar automaticamente o mapa seguinte.


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Selecção de pontos

Seguidamente vai-se proceder à marcação dos pontos que servirão de base à calibragem do mapa, sendo que um mínimo de quatro pontos deverão ser utilizados para validar a nova calibragem. Após escolher qual o número do ponto a introduzir, deve-se selecionar um ponto, normalmente na intercepção de coordenadas, e digitá-las no quadro apropriado, utilizando o formato constante do mapa. Caso sejam coordenadas UTM, devem ser introduzida na caixa de diálogo inferior deste menu e não nas de latitude e longitude.

No exemplo escolhido, estão a ser utilizadas coordenadas UTM para marcar o primeiro ponto de calibragem. Os pontos X e Y são aqueles que estão referenciados pelo cursor sobre o ficheiro gráfico utilizado.

Este processo deve ser repetido sucessivamente após selecionar os restantes pontos de calibragem, devendo no fim salvar o novo ficheiro map, preferencialmente com o mesmo nome do mapa que lhe serviu de base. Desta forma, o mapa baseado na imagem 431.gif daria origem ao ficheiro de calibragem 431.map, correspondendo à área de Lisboa na série 888 dos Serviços Cartográficos do Exército.

sexta-feira, agosto 19, 2005

O conceito da normalidade


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Fogo florestal


A fatalidade com que os incêndios florestais são encarados pela maioria dos dirigentes políticos corresponde a uma mera tentiva de desculpabilização pela inércia em adoptar medidas eficazes que controlem esta tragédia anual. Assume-se como normal o que dizem as estatísticas e como inevitavel o que invariavelmente sucede todos os anos. É a aceitação plena de toda uma tragédia como normal, apenas porque esta é ditada pelas estatísticas.

Quase podemos ouvir dizer que as florestas ardem porque são combustíveis, logo é apenas natural que fiquem reduzidas a cinzas. Caso tal não fosse o seu destino, logicamente seriam incombustiveis e o problema dos incêndios florestais nem existiria.

Mas nós acreditamos sinceramente que é possível fazer melhor e mudar mentalidades e formas de actuação.

Também cremos que não é através do aumento irracional dos meios disponíveis que esta luta será ganha, mas através de uma nova postura, da adopção de novos métodos e do recurso ás novas tecnologias.

A nossa aposta é, em primeiro lugar, na formação de todos quantos estão envolvidos neste combate. É do conhecimento que vem a compreensão e desta que surgem as mudanças estruturais que se impoem. Por isso estudamos e apresentamos soluções que pretendem aliar uma maior eficência a um custo aceitável, compatível com as finanças públicas, que possa rentabilizar os meios existentes e potenciar os que venham a ser adquiridos.

Nesta perspectiva, começamos recentemente a publicar uma série de artigos sobre orientação numa perspectiva actual, com recurso ao que de mais recente existe em termos da mais recente tecnologia acessível ao utilizador comum. Igualmente abordaremos as novas formas de comunicação disponibilizadas pelas novas tecnologias de informação e o uso da banda larga no fomento de formas de colaboração onde a distância não seja obstáculo.

Agradecemos a todos quanto tenham sugestões ou queiram escrever artigos sobre os assuntos mencionados ou sobre condução ou preparação de viaturas para todo o terreno, que nos contactem de forma a podermos alargar os conteúdos e melhorar a informação prestada.

Obrigada ao blog Faro Este

Obrigada ao blog Faro Este pela linkagem. Todas as ajudas de divulgação são importantes para o nosso projecto. Obrigados, Pedro! :)

OziExplorer - Instalação


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Mapa de Lisboa 1/25.000


O processo de instalação do OziExplorer é particularmente fácil, mesmo para os utilizadores menos experientes. Após efectuar o download a partir do site oficial, basta correr o ficheiro gravado no disco, selecionando as opções que o programa oferece por defeito e concordando com as condições de utilização. Os utilizadores de Windows XP poderão criar o directório do OziExplorer dentro do Program Files e não directamente sob a raiz do disco, ficando na mesma área que os restantes programas.

O programa cria os seus próprios icones e instala todos os ficheiros necessários ao funcionamento, mas os opcionais têm que ser instalados separadamente após fazer o download a partir do site do fabricante. Caso tenha adquirido uma licença, chegou a altura de a introduzir, selecionando o opção Help, Enter Registration Code, após o que são desbloqueadas todas as funções do programa, não disponíveis na versão de teste não licenciada. O OziExplorer é shareware, o que significa que a licença deve ser paga após um período de teste de 30 dias caso se pretenda continuar a utilizar o programa. O custo actual, de 80 dólares, é moderado se comparado com programas comerciais semelhantes e ajuda o desenvolvimento de novas versões com melhoramentos.

Mapas

Para utilizar o OziEplorer é necessário dispor de mapas em formato digital tão correctos e precisos quanto possível. A forma de obter estes mapas é, logicamente, através da digitalização de cartas militares utilizando um scanner de boa qualidade e com as maiores dimensões possível, evitando assim as complexidades de uma montagem a partir de várias imagens parciais, as quais terão que dar origem a um único mapa sem distorções. Os mapas serão convertidos em imagens digitais, na mesma escala dos originais, preferencialmente num formato que mantendo a qualidade não ocupe demasiado espaço em disco.

Existem diversas técnicas e truques para digitalizar mapas de grandes formatos sem necessidade de um scanner de idênticas dimensões, mas no caso de cartas militares, é aconselhável um modelo A3 ou, caso tal não seja possível, recorrer aos serviços de uma das várias empresas que trabalham na área da digitalização ou das fotocópias, as quais muitas vezes também prestam este tipo de serviço.

Do mapa original, para além da escala, é necessário reter o datum a partir do qual foi eleaborado. Este último factor não é intuitivo e caso não esteja correcto levará ao desvio de várias centenas de metros relativamente à posição assinalada pelo GPS, podendo levar a erros de navegação sérios.

Os mapas mais actuais estão feitos de acordo com o datum WGS 84, mais universal, enquanto os mais antigos, e ainda frequentes, usam o datum European 1950 Spain-Portugal. Em contrapartida, todos eles usam a projecção UTM ou Universal Transverse Mercator, facto que é comum à maioria dos mapas actualmente disponíveis mesmo em termos internacionais.

quinta-feira, agosto 18, 2005

OziExplorer - Introdução


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Écran de OziExplorer

Apenas um computador e um equipamento de GPS, mesmo nas versões com cartografia, têm limitações quando não estão suportados por um programa capaz de utilizar e converter um simples gráfico, que para o computador não passa de uma imagem, num suporte cartográfico digital.

No caso de utilizarmos um GPS sem armazenamento, então a dependência do software instalado no computador é absoluta, limitando-se o GPS a passar a informação do posicionamento para a aplicação escolhida, a qual será responsável por todas as restantes operações necessárias em termos de tradução dos dados para um sistema cartográfico.

A escolha do OziExplorer deve-se a dois grupos de factores, sendo que o primeiro deriva dos méritos do próprio programa e o segundo da enorme quantidade de dados, incluindo mapas calibrados, itinerários e todo o tipo de informações, e do facto de existirem inúmeros programas relacionados que permitem complementá-lo através da inclusão de opções como, por exemplo, a de seguimento de um veículo sobre o mapa com recurso a mensagens de SMS. Por outro lado, sendo um dos mais populares programas disponíveis, existe uma grande facilidade de conversão de dados de e para o OziExplorer, bem como diversos programas acessórios que potenciam a sua utilização.

Outra vantagem deste programa é a possibilidade de interligar os itinerários e os pontos de passagem assinalados com fotografias adquiridas através da webcam. Tal permite compor itinerários onde os dados posicionais obtidos através do GPS podem ser aliados a uma ilustração gráfica, permitindo aos menos experientes a verificação visual da sua posição através da comparação entre a sua própria observação e as imagens constantes no computador.

Sem por em causa outros programas de excelente qualidade, como o Trailgauge, o Fugawi ou o CompeGPS, cuja opção 3D é particularmente bem conseguida, a opção pelo OziExplorer acaba por ser natural para quem pretenda tirar partido de todo o material existente e assim construir uma solução de baixo custo e tão completa quanto possível.

Se para os possuidores de equipamentos de GPS mais sofisticados as características do software a correr no portátil pode ser de menor importancia, no caso da utilização de um GPS de baixo custo as funcionalidades decorrentes do programa são decisivas, pelo que a opção por um programa de fácil utilização, fiável e de baixo custo era inevitável. Com efeito, o OziExplorer será utilizado em multiplas situações, desde a marcação de rotas ao seguimento de itinerários ou da recepção do sinal do GPS à verificação de distâncias entre waypoints, tornando-o no interface que utilizaremos nos percursos de orientação.

Também se deve verificar periodicamente se estão disponíveis no site novas versões ou programas auxiliares que introduzam novas características. Sendo shareware, pode-se obter uma versão de demonstração a partir do site do programador devendo-se proceder ao seu registo para um uso contínuo e para desbloquear todas as funções deste programa.

Pesquise neste "blog" por Oziexplorer, podendo assim encontrar a continuação deste estudo.

Orientação


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Leitura de mapas


Numa recente reportagem, foi visível a forma como são coordenadas diversas operações, sem recurso a mapas e com orientações vagas, cuja interpretação por quem ouve pode ser completamente diferente da intenção de quem a deu.

O planeamento com base neste tipo de instruções, para além dos equivocos a que se presta, é um factor de risco acrescido para todos os envolvidos e torna impossível ao responsável ter um conhecimento preciso do posicionamento das várias unidades no terreno. As frases "mais para cima", "lá para a direita", "um bocado a seguir à povoação", entre muitas outras, são de uma imprecisão que pode levar ao desastre e que têm rapidamente de ser substituidas por instruções rigorosas, baseadas em mapas, que permitam uma orientação correcta mesmo em terreno desconhecido.

Com base num trabalho que realizamos há alguns meses, vamos colocar uma série de textos que auxiliem eventuais interessados a instalar e configurar um programa que permita uma orientação mais fácil, com base nos mapas topográficos militares à escala 1/25.000 da série 888. Com o auxílio de um aparelho de GPS, este processo será francamente facilidado, permitindo uma identificação correcta da posição actual, seguir caminhos previamente marcados ou estabelecer novas rotas que mais tarde poderão ser utilizadas em segurança por quem nunca trilhou os mesmos caminhos.

Faz parte do nosso projecto dar um contributo em termos de know-how de forma a que seja possível fazer e manter um registo de percursos que possam mais tarde, quer para fins lúdicos, quer em casos de emergência, serem utilizados por quem percorra os mesmos trilhos. Assim, mesmo quem não tenha conhecimento prévio da área onde se desloca, pode fazê-lo com maior segurança, quer recorrendo a um mapa digital e seguindo o percurso com o auxílio de um GPS, quer através de uma versão impressa, onde os percursos possíveis estarão de igual forma assinalados.

Hoje disponibilizamos uma introdução como o primeiro de uma série de textos, seguindo-se outros onde se vão incluir instruções para instalação e configuração do OziExplorer na sua versão para Windows.

quarta-feira, agosto 17, 2005

Alternativas profissionais


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Land Rover BV Leixões


Quando foi decidido o fim do Serviço Militar Obrigatório, com a substituição dos efectivos recrutados por voluntários, tornou-se necessário oferecer condições atractivas, oferecendo uma compensação justa e perspectivas de formação e qualificação profissional bem como facilidades a quem quiser prosseguir os estudos. Desta forma, não só é obtido um melhor nível de profissionalismo, como é dada uma compensação para além do vencimento auferido enquanto militar.

Esta foi a receita necessária para manter o nível de efectivos necessário através do ingresso anual de um número de voluntários capazes de desempenhar as mais variadas missões com recurso a sistemas que se tornam cada vez mais complexos carecendo de profissionais devidamente preparados para os operar.

Quando se transpõe esta perspectiva, que se afigura como correcta, para outros sectores onde o recurso ao voluntariado é necessário, torna-se imperativo reflectir na compensação que é dada aos que sacrificam o seu tempo e muitas vezes a sua segurança pelo bem dos outros. Conforme o Decreto-Lei n.º 118/04 de 21 de Maio, os principais incentivos para quem ingressa no Serviço Militar no Exército são:

2,5% de vagas para o ensino superior público;
Exclusividade no acesso à GNR;
15% vagas para acesso à PSP;
Prestação pecuniária após termo do serviço militar;
Subsídio de desemprego;
Prestações familiares e assistência na doença.

E, a título de informação, a tabela remunerativa actual para praças é:

Instrução básica - € 180,09
Inst. Complementar - € 495,24
Soldado - 1.º Escalão: € 595,73 - 2.º Escalão: € 627,95 - 3.º Escalão: € 660,16.
2.º Cabo - € 660,16.
1.º Cabo - 1.º Escalão: € 698,83 - 2.º Escalão: € 731,05.
Cabo Adjunto - 1.º Escalão: € 827,70.

Não obstante as diferenças entre o tipo de missão, poderá ser interessante analisar a possibilidade de permitir aos interessados uma opção pelo serviço nos bombeiros com condições semelhantes aos que optarem pela vida militar, certo de que, na sua especificidade própria, ambos cumprem missões de relevante interesse nacional.

Exemplo de colaboração: Vodafone-UK


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Vodafone UK


Um dos factores determinates em qualquer operação é um sistema de comunicações e controle eficaz, algo que manifestamente tem faltado na coordenação de operações de combate aos incêndios durante este Verão.

De entre os projectos em que tentamos aliar o baixo custo à eficiência, surgiu a ideia de transmitir imagens utilizando um telemóvel 3G directamente para um computador com uma placa/modem 3G instalado, de forma a que a sequência vídeo seja visualizada em tempo real e gravada em simultâneo no disco rígido.

Idealmente, o computador deveria ter a possibilidade de receber, apresentar no écran e gravar várias sessões em paralelo sendo cada uma destas iniciada pelo telemóvel, com marcação por voz, e sem necessidade de intervenção por parte do operador que esteja junto do computador. Peça essencial e ainda em falta é um programa capaz de utilizar os recursos disponíveis, funcionando como um telemóvel de 3ª geração virtual ou um sistema de encaminhamento a nível do operador que enviasse o fluxo de dados do telemóvel para um computador ligado à Internet.

Infelizmente, não foi possível encontrar um programa que correspondesse ao pretendido e a resposta dos operadores de telemóvel a operar em Portugal variaram entre o silêncio absoluto e a impossibilidade de tal ser feito através das suas redes. Nenhum deles apontou soluções ou deu uma única pista, pelo que tentamos uma última vez através de um operador estrangeiro, salientando o facto de nos encontrarmos em Portugal, pelo que o interesse comercial seria nulo. No entanto, e mesmo nestas condições, a Vodafone UK, mesmo não dispondo do serviço ou solução conforme pretendido, ofereceu o apoio possível, sugerindo diversas pistas e apontando para as actuais limitações em termos de rede, contribuindo para a pesquisa de uma solução alternativa que hoje decorre.

A menção a este operador inglês justifica-se pela flagrante diferença de postura quando comparado com os seus congéneres portugueses. Mesmo ciente de que previsivelmente não obteria qualquer vantagem comercial, optou por colaborar na medida das suas possibilidades, envolvendo o pessoal técnico necessário, e prestando um serviço a que não estamos habituados, mas que espelha a flagrante diferença de atitude entre quem é capaz de ver mais longe e quem se acomoda a um presente mediocre.

TT Verde


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TT Verde


Não podemos deixar de agradecer ao Álvaro Oliveira e ao TT Verde, bem como ao seu blog, a divulgação deste espaço de reflexão. Num País em que a indiferença reina e onde os incêndios surgem como meros espectáculos televisivos, que de tão habituais levam a uma quase indiferença, a preocupação e a iniciativa de quem ainda acredita que é possível fazer melhor para combater este flagelo é sempre de louvar.

terça-feira, agosto 16, 2005

Derrota demográfica


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Imagem da aldeia do Colmeal

Um dos factores que tem vindo a agravar o problema dos incêndios florestais no interior do País tem sido a evolução demográfica particularmente desfavorável.

Para além do envelhecimento da população, que se verifica a nível geral, a falta de oportunidades de emprego e de carreira determina um fluxo constante de jovens em direcção às cidades de que resulta uma desertificação do interior.

Este problema tem como resultado óbvio uma escassez de população jovem e uma diminuição do efectivo laboral, de que resulta uma cada vez maior vulnerabilidade a situações de catástrofe.

Se bem que este problema só possa ser resolvido através de medidas estruturais de grande impacto, com francas vantagens para empresas e particulares activos que optem por fixar-se por períodos determinados em zonas do interior, é possível implementar medidas de emergência que limitem a extensão do problema enquanto uma solução mais defenitiva é estudada.

Quando imaginamos o Projecto Verão Verde, um dos pilares pricipais era a deslocação de participantes do litoral para o interior recorrendo ao apoio da indústria hoteleira.

Esta, para além de uma maior taxa de ocupação, poderia praticar preços mais reduzidos aos participantes no Projecto caso fizessem um acordo com entidades municipais, obtendo uma compensação a nível fiscal ao abrigo da Lei do Mecenato.

Para além da possibilidade de uma férias diferentes, a custo reduzido e com uma vertente social e de aventura particularmente compensadoras, seriam oferecidas, por parte das autarquias, aos participantes deste Projecto, condições excepcionais caso desejassem fixar-se ou ter actividade profissional nas áreas da sua actuação.

Tal envolveria um esforço das autarquias na concessão de taxas bonificadas ou isenções de vários tipos, bem como a apresentação de um portfolio onde seriam incluidas actividades específicas com maior interesse local e as vantagens oferecidas a quem as pretendesse prosseguir.

Desta forma, áreas do interior poderiam, para além de aumentar o fluxo turístico, atrair um maior número de investimentos e fomentar a fixação de novos residentes, nomeadamente jovens em início de carreira capazes de introduzir novas formas empresariais e de renovar uma população envelhecida.

segunda-feira, agosto 15, 2005

Alguns links geográficos

A informação geográfica é um dos principais factores de sucesso no planeamento de operações, permitindo, entre outras vantagens, uma maior rapidez de intervenção, capacidade de coordenação e segurança nas operações.

Este tipo de informação encontra-se disponível em vários formatos que vão desde cartas militares estáticas a sistemas interactivos tridimensionais, com grande precisão e actualizações frequentes, podendo em vários casos ser obtidas ou visualizadas de forma gratuita por quem possua ligação à Internet.

Em termos nacionais, o Instituto Geográfico, através do Serviço Nacional de Informação Geográfico facilita informação gratuita que vai muito para além da simples cartografia, incluindo dados estatísticos e ligações com diversas entidades capazes de proporcionar uma informação especializada. As orto-imagens digitais das cidades de Lisboa e Porto ou de todo o País, também estão disponíveis, de forma gratuita através da mesma entidade.


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Imagem de Gouveia


Particularmente conhecido pelas suas cartas topográficas militares na escala 1/25.000, o Instituto Geográfico do Exército apresenta uma das melhores coberturas cartográficas que se pode obter, a par com os seus equivalentes estrangeiros de maior qualidade, tendo recentemente, em conjunto com uma empresa privada, apresentado um sistema para PDA designado por MapAdventure. Este conjunto de software e de cartas militares permite aos utilizadores um sistema prático de orientação por GPS, transpondo para o PDA o mesmo tipo de funcionalidades que era obtido em computadores pessoais.

Por seu lado, o Google apresenta um projecto que visa cobrir com detalhe todo o planeta através de imagens de satélite, apresentando duas versões, uma que funciona em qualquer "browser" e portanto é compatível com todos os sistemas operativos, incluindo o dos PDA, e outra, mais sofisticada e interactiva, destinada aos utilizadores de Windows.



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Imagem via Google Earth


Ambas as versões utilizam a mesma informação, sendo as diferentes possibilidades derivadas do interface utilizado, aconselhando-se, sempre que possível, a optar pela última destas versões. Também se deve ressalvar que se trata de uma base de dados e não de imagens obtidas em tempo real, pelo que poderão existir descrepâncias devido a alterações introduzidas recentemente.

Existem várias outras opções disponibilizadas por entidades nacionais e internacionais, pelo que as aqui apresentadas são apenas exemplos de algumas das soluções actualmente disponíveis, servindo de exemplo do que de melhor se pode obter actualmente.

domingo, agosto 14, 2005

VOIP - Voz sobre IP


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Écran de Skype

Dada a dispersão geográfica, os custos das comunicações tradicionais entre elementos das várias corporações pode dificultar a troca de experiências e a aprendizagem conjunta. No entanto, com a maior difusão da banda larga, seja via cabo ou ADSL, abrem-se novas possibilidades de comunicação, mais rápidas do que as mensagens instântaneas, utilizando a Internet para transmissão de voz.

Para usar a Internet como sistema de comunicações telefónicas, basta um conjunto de requisitos que cada vez está mais ao alcance da generalidade dos utilizadores. Para além de um computador multimédia, com microfone e saidas de som, é apenas necessário um acesso de banda larga e a instalação de um dos muitos produtos de software disponíveis gratuitamente.

Por razões técnicas, a nossa selecção foi o Skype, dado que alia uma clareza de som notável ao facto de utilizar uma comunicação directa entre os computadores envolvidos, recorrendo apenas a um servidor centralizado para efectuar a ligação. Esta característica aumenta a velocidade e diminui o tráfego internacional, o qual é, muitas vezes, contado separadamente pelos operadores.

Existem opções com capacidade de vídeo, que obrigam à instalação de uma câmara apropriada, que pelo actual preço não é obstáculo, mas que requerem uma muito maior velocidade, sem o que as imagens ficarão estáticas ou indefenidas. De entre estes, sugerimos o DKMessenger, que também inclui uma versão de uso livre, muito embora aconselhemos o uso de programas apenas de voz caso a imagem seja dispensável.

Este sistema é sugerido como forma de ligação entre as várias corporações e os seus elementos, de forma a que se sintam à vontade para efectuar contactos independentemente das distâncias sem sentir as tradicionais restrições económicas, fomentando a cooperação e a troca de experiências sem restrições a nível geográfico.